Com as exigências dos clientes cada vez mais complexas e prazos mais curtos, as agências estão a adotar novas ferramentas de pesquisa impulsionadas por inteligência artificial (IA) para otimizar fluxos de trabalho e melhorar o desenvolvimento de insights.
Segundo relata o site Digiday, nos últimos meses, gigantes da tecnologia e startups lançaram ferramentas de “pesquisa profunda” que já estão a impulsionar equipas em grandes empresas e agências independentes a acelerar processos, aumentar a profundidade das análises e entregar resultados mais precisos.
Essas ferramentas vão além das simples pesquisas e painéis tradicionais, utilizando IA para realizar fluxos de trabalho autónomos e multi-etapas. Como explicou a OpenAI, essas ferramentas permitem que o ChatGPT atue “no nível de um analista de pesquisa”.
Entre os exemplos de adoção está o Havas Group, que integrou a pesquisa profunda na sua plataforma Converge. Dan Hagen, diretor global de dados e tecnologia da empresa, afirmou que a tecnologia é “como um sonho de dez anos atrás que está finalmente a tornar-se realidade”. A Havas está a experimentar o modelo com ferramentas interativas personalizadas, como “gémeos digitais” de segmentos de público, que simulam comportamentos e ajudam a criar campanhas mais assertivas.
Outro exemplo é a IPG-owned Golin, que usa essas ferramentas para pesquisa de fundo, desenvolvimento estratégico, criação de briefs criativos e auditorias de marca. Paul Parton, diretor de estratégia do grupo, ressaltou que estas ferramentas têm sido essenciais para aumentar a eficácia do trabalho criativo e estratégico.
A Mighty & True, agência de Austin, também está a integrar a pesquisa profunda nas suas ferramentas próprias, como o Flow, para criar briefcases e analisar dados de campanhas de media. Kevin Kerner, CEO da agência, acredita que as empresas B2B podem beneficiar especialmente dessas ferramentas para tomar decisões mais rápidas e baseadas em informações completas.
Essas inovações estão a transformar a maneira como as agências pensam sobre os fluxos de trabalho, impactando desde a forma como as equipas se organizam até ao preço dos serviços, tendo, nesse sentido, um potencial de redefinir a dinâmica do setor.














