A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos intensificou-se e, apesar de Donald Trump ter adiado a implementação das tarifas por alguns meses para negociar com o resto das economias do mundo, foi bastante claro e duro com a China, não lhes dando a oportunidade de chegar a um acordo.
Certo é que as tarifas de 145% começaram a ter um impacto significativo no sector transformador chinês, devido a um declínio significativo das encomendas dos EUA.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, esta situação obrigou inúmeras fábricas a reduzir a produção e até a suspender temporariamente parte da sua força de trabalho.
Os líderes do setor confirmam o cancelamento ou adiamento de encomendas dos seus clientes americanos, o que leva inevitavelmente a ajustes na produção. Isto representa um problema sério para plataformas chinesas como a Shein, Temu e Aliexpress, uma vez que o mercado dos EUA foi responsável por aproximadamente 15% das exportações chinesas no ano passado.
E embora alguns produtos electrónicos, como os smartphones, tenham sido isentos das tarifas mais elevadas, a vasta cadeia de fornecimento de electrónica também é afetada.
Em resposta a esta situação, os governos locais dos principais centros de exportação estão a implementar programas de apoio para “estabilizar o comércio externo”.
Estas medidas incluem subsídios para a participação em feiras internacionais e a expansão do seguro de exportação para cobrir os cancelamentos de encomendas dos EUA.
Entretanto, algumas empresas procuram alternativas, como reiniciar a produção a um ritmo mais lento, focar-se nas encomendas europeias e esperar por uma mudança nas políticas dos EUA.
Sem dúvida, estas aplicações de comércio electrónico, que se tornaram tão populares nos últimos anos, sofrerão um sério revés que poderá até comprometer o seu futuro.
O mercado americano é um dos seus principais mercados e, com tarifas tão elevadas, o preço de produtos que até agora se destacavam pelo seu muito baixo custo vai multiplicar-se, tornando-se ainda mais rentável comprar através de outras plataformas, como a Amazon.
