A nova imagem da Global. mostra como é uma agência diversificada
MARKETEER CONTENTSEm 2020, a agência de comunicação iniciava uma reestruturação na arquitectura da marca, que deixava antever as mudanças que aí vinham. O “Press” caiu, passando a ser uma área de negócio, já que há muito que a agência deixou de se focar somente na área de media relations.
Agora, a Global. quer mostrar a diversidade dos seus serviços e é por isso que mantém parte do nome original, para demonstrar como liga pessoas a marcas e vice-versa.
A Global. quer afirmar-se como agência de comunicação global ainda mais próxima dos parceiros. Um dos motivos que a levou a desenvolver e apresentar-se com uma nova imagem e nome. O que é que faltava à agência? E o que é que mudou, entretanto, no mercado para este investimento, que se traduz, ainda num novo site e um novo logo?
A mudança do nosso logo e da arquitetura de marca tornou visível um trabalho de reestruturação que iniciámos em 2020. Passámos a ter uma marca umbrella, a Global., que reúne todos os serviços enquanto submarcas – Global. Press, Global. Influence, Global. Digital, Global. Strategy, Global. Events e Global. Creativity. O termo Press cai e passa a ser uma área de negócio, pois há muito que deixámos de estar focados apenas na área media relations. Somos Press, mas também somos digital, influence, events, strategy e creativity. Já a nossa área de marketing de influência – a antiga Bond 148 – regressa ao universo Global. Nas restantes áreas apenas formalizámos o rebranding visual, tornando mais perceptível os serviços que temos disponíveis bem como as áreas de conhecimento transversais onde nos destacamos – Corporate&Reputation, Indulge&Lifetsyle e Luxury, Fashion&Beauty. Esta arquitectura fica mais visível no nosso website www.global-press.com.
Diz que o rebranding da marca pretende reforçar a diversidade de serviços. Significa isso que o mercado não a via dessa forma? Como é que a agência era percepcionada pelos diferentes stakeholders?
Sabíamos que havia um reconhecimento do nosso trabalho bastante positivo no mercado, mas muito focado no que eram as media relations – Press – e até num segmento específico que era a moda. Nos últimos anos a nossa carteira de clientes diversificou imenso, sendo actualmente muito mais corporativa, e fomos por isso criando novas áreas de negócio. Neste sentido tínhamos de tornar perceptível a nossa oferta de serviços e áreas de especialização.
A Global vai-se focar em três grandes áreas: Corporate & Reputation, Indulge & Lifestyle e Luxury, Fashion & Beauty. O que é que ditou este alinhamento? E em que medida irá facilitar a gestão, seja junto dos clientes seja com os media?
A Global. não é uma agência fechada num segmento ou sector de actividade e penso que este facto é um diferencial muito relevante. Há vários anos que internamente fomos estruturando equipas focadas em áreas de conhecimento. Em 2021 concluímos alguns recrutamentos estratégicos que vieram cimentar as equipas que estão divididas pelas três áreas de conhecimento – Corporate&Reputation, Indulge&Lifetsyle e Luxury, Fashion&Beauty. Esta capacitação permite, por um lado, entregar aos clientes soluções personalizadas e com sentido de negócio e por outro ter uma maior agilidade quer no contacto com os meios quer no acompanhamento constante da atualidade.
Além disso, passou a integrar a Bond 148, dedicada ao marketing de influência. Era um movimento fundamental para o crescimento, tendo em conta as mudanças do mercado?
A Global. trabalha a área de marketing de influência há largos anos, no entanto, decidimos, em 2020, formalizá-la e torná-la independente das restantes áreas da agência. Surgiu, neste sentido, a Bond148, com um nome e uma identidade distinta. Depois de termos percebido que uma das nossas forças são as sinergias internas da agência, optámos por fazer regressar a Bond148 ao universo Global., não enquanto aquisição, porque já fazia parte, mas com um nome diferente – Global. Influence, mantendo toda a dinâmica e crescimento positivo.
Quais os principais sectores e indústrias com que trabalha?
A Global. tem uma carteira de clientes muito diversificada quer em posicionamento quer em sector de actividade. Trabalhamos desde o segmento de luxo, por exemplo relojoaria, real estate, beauty e bebidas, até produtos de grande consumo como vinhos, artigos para a casa, moda etc.
Com clientes de há anos, quais os mais relevantes?
Temos clientes que estão connosco há mais de 15 anos e a média de permanência na agência é de cerca de cinco anos, o que consideramos bastante positivo na área em que actuamos. Temos uma carteira de clientes nacionais e internacionais, alguns deles com projecção e relevância mundial.
E, olhando aos diferentes sectores, onde é que lhe faria mais sentido reforçar?
Estamos a crescer nas áreas de comunicação corporativa, sobretudo nos sectores de real estate, tecnologia e hospitality, e é aqui que queremos continuar a reforçar.
Importa afirmar a Global. como uma agência que actua bem para além da moda?
Este rebranding e reposicionamento foi precisamente para desmitificar essa percepção de que actuamos apenas no segmento de moda, até porque essa área representa actualmente apenas 12% dos clientes da agência. A área Corporate&Reputation e Indulge&Lifestyle são as que têm mais peso e é nesse sentido que queremos continuar.
A agência registou um crescimento de 57% em 2021, face ao ano anterior, sendo que mantém as perspectivas positivas para este ano e prevê fechar 2022 com um crescimento de 20%. Quais as áreas que mais contribuíram para este crescimento?
Crescemos em volume de negócio nas áreas de eventos e influence mas sobretudo com o aumento de clientes fixos na área de Press e em sectores como real estate, hospitality e tecnologia.
Há novos clientes a impulsionar estes números?
Sem dúvida, em 2022, para além da área de eventos e influence marketing, tivemos um incremento de 14 clientes na área de Press.
Que valores pautaram o desenvolvimento da nova imagem?
A Global. é uma das mais antigas consultoras em comunicação no mercado nacional, com mais de duas décadas de existência e tem assistido a mudanças drásticas na imprensa e nos meios de comunicação. O mundo global deu lugar a um mundo digital, individual e personalizável. As marcas e a comunicação estão a par de tudo isto e a reagir. Neste sentido, retirámos a palavra “Press”, que era datada e limitava a percepção da nossa actuação. Mantivemos a palavra Global, ainda que seja um conceito muito explorado, mas que assume o fundamental e se adapta às contínuas visões que temos do mundo. O global de Aristóteles não é o mesmo global de Mark Zuckerberg. A nova imagem surge assim com base no nome Global em quem o ‘O’ é uma ponte, representativa do trabalho que fazemos de ligação entre marcas e pessoas. Dentro dessa ponte cabem os novos lugares de interacção, que não terão fronteiras, mas que terão sempre pessoas, e daí a relevância de afirmarmos esta proximidade através das ligações que estabelecemos. O ponto final é um statement, de honestidade, autenticidade e transparência, Somos Global.
E como é que vai ser comunicada ao mercado?
Lançámos a nova imagem e arquitectura de marca no dia 16 de Setembro deste ano, no decorrer de um dia de inspiração que preparámos para os nossos clientes e parceiros – ‘How communication keeps empowering people and brands’. Este foi um evento relevante, organizado em parceria com a Nova Expressão, onde pretendemos inspirar e transmitir conhecimento relevante nas áreas da comunicação e web3 e a primeira vez que apresentámos a nova marca. Em paralelo, temos vindo activar a comunicação quer em parceria com os meios de comunicação, quer nas nossas próprias redes digitais.
Há quanto tempo é que toda a estratégia e mudança começaram a ser delineadas? Que equipas estiveram envolvidas?
Definimos um plano estratégico base a cinco anos que teve início em 2020. Para além da reestruturação de equipas, do rebranding estão ainda previstos novos investimentos em novas áreas de negócio que ainda não podemos revelar. Todo o racional desta alteração foi delineado internamente e materializado em imagem pelo atelier BÁ Studio.