Sustentabilidade e naturalidade têm impactado o negócio do Grupo L’Oréal a vários níveis, desde o desenvolvimento de produto aos Recursos Humanos. Inês Caldeira, CEO L’Oréal Portugal explica os trabalhos que têm sido feitos no nosso mercado.
Como é que a sustentabilidade tem vindo a marcar os trabalhos do Grupo?
Sustentabilidade é uma preocupação do Grupo há já vários anos mas tomou outra dimensão a partir de 2014. Há uma preocupação crescente dos consumidores, bem como dos nossos colaboradores e diferentes stakeholders que exigem uma posição do Grupo em relação a esta matéria. Por isso, assumimos de forma muito pública compromissos e metas ambiciosas até 2020.
Nomeadamente quais?
São quatro áreas: inovação sustentável, produção sustentável, desenvolvimento e impacto nas comunidades e a relação com os colaboradores. E é um plano que engloba as 30 marcas do Grupo.
E quais são as metas ambiciosas?
A nível de produção queremos diminuir a nossa pegada ambiental com uma redução significativa da emissão do dióxido de carbono, com novas fábricas de biomassa; ao nível da inovação queremos que todas as nossas embalagens e os novos produtos sejam sustentáveis; ao nível das comunidades temos o programa “Embeleza o teu futuro” que tem a ver com a criação de emprego em Portugal nas comunidades mais desfavorecidas; e em relação aos colaboradores, tomamos uma série de medidas que colocam a L’Oréal como empresa cidadã que está de facto empenhada em contribuir positivamente no mercado português.
O orgânico e o bio também têm impactado em termos de desenvolvimento de produtos e, hoje, são várias as marcas do Grupo que estão alinhadas por esse posicionamento…
Fizemos um estudo em Portugal com cerca de 600 pessoas e vemos uma tendência muito interessante: 70% dos consumidores em Portugal tem já consciência sustentável e uma preocupação com a naturalidade. Dessas pessoas, apenas 15% compram activamente este tipo de produtos, mas 45% dizem que o querem começar a fazer num futuro próximo. Vemos uma clara diferença nos mais jovens, que exigem às marcas um comportamento responsável porque eles próprios, enquanto cidadãos, quem consumi-los. É uma grande vaga que está a chegar em cheio a Portugal.
A barreira é o preço?
A barreira é o preço e algum mito entre a eficácia, a cosmeticidade e a naturalidade!
Texto de M.ª João Vieira Pinto