Biompedância: será o melhor método de avaliação da composição corporal?

Opinião
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05/12/2025
10:08
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Joana Nogueira, Nutricionista & Nutrition Support Holmes Place, C.P. 1550N

A composição corporal é a avaliação e proporção entre a a massa magra, gordura, água e minerais e trata-se de um indicador essencial para avaliar o estado de saúde do indivíduo, assim como a sua performance e possíveis riscos metabólicos. Existe alguns métodos de avaliação, como a bioimpedância elétrica (BIA), o DEXA (Densitometria por Raio X de dupla energia), plicometria (pregas cutâneas) e pesagem hidrostática, entre outros.

A BIA é o método que tem sido usado com maior frequência em ginásios e algumas clínicas médicas, mas será o melhor método de avaliação? A resposta é: depende do que realmente se pretende.

Existem vários tipos de balanças de bioimpedância:  balanças domésticas (mais práticas e de transporte fácil, normalmente são as balanças que usamos em casa), clínicas e profissionais (usadas por profissionais) e segmentares multifrequenciais (balanças mais precisas).

A BIA comporta algumas vantagens como a rapidez, praticidade, ser não invasiva e não envolve radiação nem procedimentos desconfortáveis. Quando feita nas condições corretas (hidratação adequada, jejum relativo, sem treino prévio) permite acompanhar mudanças ao longo do tempo importantes. É, igualmente, um método mais barato e acessível do que outros exames de referência como o DEXA.

Contudo, a BIA comporta algumas limitações importantes como ser altamente sensível ao estado de hidratação, isto é, beber água ou reter líquidos ou treinar antes da avaliação altera os resultados; os valores apresentados são apenas estimativas, pelo menos nas balanças domésticas. As balanças profissionais e multifrequenciais os resultados são mais precisos. Outras limitações passam por pessoas obesas não poderem utilizar este métodos, atletas com uma Massa muscular muito elevada também possuem alguma probabilidade de resultados não fiáveis; pacientes a realizar quimioterapia ou com alterações importantes de líquidos corporais e pessoas que apresentam edemas graves e retenção de líquidos consideráveis. Importante reforçar que a BIA apenas estima por meio de equações a percentagem de gordura, não a mede realmente.

O método DEXA é geralmente mais preciso do que a BIA e é considerado o padrão de referência para a avaliação da composição corporal. É realmene muito preciso, mede a distribuição regional da gordura e massa magra, porém é um método de difícil acesso para a maioria das pessoas e também envolve alguma radiação.

A medição das pregas cutâneas é um método considerado mais preciso, na maioria das vezes, do que a BIA simples quando realizado de forma correta. É um método barato, útil para acompanhar a evolução, contudo depende bastante da habilidade do medidor que deve ter formação específica.

Assim, podemos concluir que a bioimpedância não é o melhor método absoluto de avaliação da composição corporal, mas é um dos mais eficientes, acessíves e práticos para o dia-a-dia e garante uma monitorização da evolução favorável, desde que se garanta que é um equipamento profissional; que é manuseada por um avaliador qualificado e as condições padronizadas são garantidas.

Contudo, para dignósticos mais precisos ou condições médicas particulares, o DEXA apresenta mais vantagens.




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