“O prazer é todo meu”: Pfizer quebra o tabu do impacto do cancro da mama na sexualidade com nova campanha

SaúdeEntrevista
Daniel Almeida
20/10/2025
19:41
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Daniel Almeida
20/10/2025
19:41


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“O prazer é todo meu – Conversas de intimidade” é o mote da nova campanha da Pfizer Portugal. No mês dedicado à sensibilização para o cancro da mama metastático, a farmacêutica lança uma iniciativa que visa quebrar tabus e promover o diálogo sobre o impacto da doença na sexualidade e no bem-estar emocional.

De acordo com a empresa farmacêutica, esta é uma “uma dimensão da vida das doentes que é frequentemente marcada pelo silêncio e pela falta de diálogo”. Por isso, mais do que apenas sensibilizar, a nova campanha, que é lançada em parceria com a Oncoglam e a Associação Careca Power, visa criar “um espaço seguro para um diálogo aberto sobre estes desafios, desfazendo preconceitos e capacitando as mulheres para que voltem a exigir o controlo da sua intimidade”.

Em entrevista à Marketeer, Susana Castro Marques, directora Médica da Pfizer Portugal, explica os objectivos da campanha e convida doentes, cuidadores, profissionais de saúde e toda a sociedade a participarem no diálogo.

Susana Castro Marques, directora Médica da Pfizer Portugal

No mês de sensibilização do cancro da mama, a Pfizer Portugal lançou a campanha “O prazer é todo meu – Conversas de intimidade”. O que motivou o lançamento desta iniciativa? E em que consiste?

O lançamento da campanha “O prazer é todo meu – Conversas de intimidade” foi motivado pela necessidade de quebrar o tabu e o silêncio em torno do impacto do cancro da mama metastático na sexualidade e no bem-estar emocional das mulheres afectadas por esta doença. Nasce da constatação de que, com o foco no tratamento físico, as dimensões psicológica e íntima são frequentemente negligenciadas, afectando a qualidade de vida e a auto-estima.

A iniciativa consiste numa campanha de sensibilização que visa criar um espaço seguro para o diálogo aberto, capacitando as mulheres a retomar o controlo da sua intimidade.

Porque é que a sexualidade durante o tratamento ainda é um tema tabu? E como combater o estigma?

Este tema ainda é um tabu porque o foco principal durante o tratamento do cancro está na doença física (o tumor), o que leva a que as questões psicológicas, ginecológicas e sexuais sejam frequentemente deixadas para segundo plano.

Para combater o estigma, é crucial abrir canais de comunicação entre doentes, parceiros e profissionais de saúde. A própria campanha é a principal ferramenta para combater este estigma, ao criar um espaço seguro para conversas abertas e ao desmistificar preconceitos.

Porquê a aposta num formato diferente, mais focado no diálogo, ao invés de uma campanha tradicional? E como será incentivado/alimentado esse diálogo?

O principal objectivo da campanha “O Prazer é Todo Meu – Conversas de Intimidade” é humanizar os cuidados e valorizar a mulher para além do seu diagnóstico. Aquilo que pretendemos é incentivar as conversas entre profissionais de saúde sobre um tema tantas esquecido ou desvalorizado.

O lançamento foi feito num evento intimista que promoveu uma “conversa aberta” entre os profissionais de saúde e as doentes/sobreviventes presentes, havendo ainda um convite directo a doentes, cuidadores, profissionais de saúde e toda a sociedade a juntarem-se a esta conversa. Foi ainda criado um website com mais informações e recursos, que funcionará como um ponto central para a campanha.

Em que meios é que a campanha será divulgada?

Através de assessoria de imprensa, branded content, redes sociais da Oncoglam e Careca Power e de influenciadores digitais, além do website dedicado.

Qual a importância, para a Pfizer, de se juntar a parceiros como a Oncoglam ou a associação Careca Power? Que sinergias existem?

A parceria com a Oncoglam e a Careca Power é fundamental para aumentar o alcance e relevância da nossa campanha. Estes parceiros têm uma ligação directa com a comunidade de doentes oncológicas e fizeram parte do processo de criação e planeamento desta acção. A Careca Power e a Oncoglam conhecem bem o cancro da mama metastático do ponto de vista das doentes e essa experiência é fundamental para que o resultado da campanha ressoasse junto do nosso público-alvo.

A sinergia reside na combinação do compromisso da Pfizer com a experiência e a voz autêntica destes parceiros e de outras personalidades envolvidas (como a Inês Mocho e a Joana Cruz), que ajudam a humanizar a mensagem e a chegar de forma mais eficaz às doentes.

Aproveito também para lembrar o contributo inestimável da Cristina Pereirinha, da Oncoglam, que infelizmente partiu cedo demais, em Setembro, precisamente devido a esta doença. Esta campanha é, de certa forma, uma homenagem que prestamos à Cristina.

Que outras acções serão realizadas pela Pfizer Portugal no futuro em torno desta campanha ou deste tema?

Esta campanha é a primeira de várias que gostaríamos de lançar sobre este tema tão relevante, quanto sensível. Em 2025 dirigimo-nos às doentes, mas numa próxima etapa gostaríamos de envolver os companheiros(as), familiares e cuidadores.

Texto de Daniel Almeida

*O jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico




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