Qual a receita para o marketing de sucesso? A verdade na comunicação

Por Juliana Costa, Marketing manager da team.it

Não precisamos de viajar muito no tempo para entender como o marketing e o design, amigos inseparáveis, foram conquistando o seu espaço e a sua valorização no meio corporativo.

Numa altura em que a comunicação era vista como algo não prioritário e colocada na gaveta do “era bom, mas não necessário”, o boom tecnológico veio mostrar às empresas como era necessário e urgente inovar para sobreviver. Por isso, a fatia alocada à comunicação teve rapidamente de se transformar num bolo apelativo que respondesse a todas as necessidades por parte das organizações. A inovação exigida pode (e deve!) ser atingida de diversas formas: tudo depende dos recursos, capacidades e necessidades em jogo.

No entanto, acredito que a custo zero a criatividade tem um papel fundamental na criação de qualquer plano de marketing e comunicação. Rapidamente passamos do “não necessário” para o “necessário demais”.

Imaginem-se numa festa de final de ano, repleta de nada, e que no instante em que piscam os olhos se transforma num verdadeiro baile real, ao ponto de pensarem: “Bem, talvez seja um pouco demais. Quem vai pagar tudo isto?”.

Traduzido em miúdos, arrisco a dizer que muitas empresas passaram por este sobe e desce de necessidades criativas até encontrarem o ponto confortável para o seu negócio.

Mas, qual é esse ponto? A verdade. Comunicar, sempre, com verdade.

É necessário comunicar com empatia e transparência, canalizar os recursos existentes nesse caminho. De nada serve orientar colaboradores e orçamentos, muitas vezes exagerados, em prol de algo que não é 100% verdade e que não alcançará uma mudança benéfica dentro da organização.

No mercado tecnológico, por exemplo, onde a concorrência é imensa e a retenção de talento é escassa, torna-se fundamental optar por uma comunicação directa e clara. Não o fazer é um caminho arriscado e que se quebra facilmente.

É necessário investir em dois tipos de comunicação: a comunicação direccionada para fora (cliente), em que promovemos o serviço/produto; e a comunicação direccionada para dentro (colaborador e futuro colaborador), em que evidenciamos a cultura e o ADN.

É crucial apostar num bom marketing interno e, mais uma vez, verdadeiro. Se tivermos uma equipa focada e informada dos valores da organização, temos a confiança e os melhores talentos do nosso lado. Como é possível atingir a transparência deste discurso? Com uma comunicação clara e personalizada.

Está na altura de investir num casamento lúcido entre o design e o marketing, que, seguramente, resultará numa comunicação estruturada, forte e capaz de ser a porta de entrada para um serviço distinto, mas também para uma equipa alinhada com os valores da organização.

Há muito que o marketing e o design deixaram só de fazer bonito. Deixem a verdade entrar.

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