76% dos portugueses não tenciona participar em eventos sociais este ano
Desconfinamento é palavra de ordem, mas será que os portugueses estão dispostos a regressar à rotina pré-pandemia por completo? Um inquérito realizado pela plataforma online Fixando mostra que 76% não tem intenção de participar num evento social este ano e que somente 19% planeia organizar um evento.
Festa de aniversário (33%) é a tipologia mais comum, seguindo-se casamentos (22%), baptizados (17%) e festas empresariais (17%). Em termos de serviços, catering (35%), fotógrafo (24%), local para eventos (18%) e animação (18%) são os mais procurados.
A timidez poderá ser justificada, em parte, com prejuízos sentidos no passado: em 2020, os inquiridos investiram uma média de 910 euros em eventos que acabaram por cancelados e/ou adiados. Destes, apenas 45% foram remarcados.
Com a pandemia ainda muito presente no dia-a-dia, o formato preferencial para a realização de eventos este ano é em espaço exterior (46%), à frente dos espaços interiores (38%) e dos eventos em casa (23%). Isto porque 33% dos inquiridos classifica como muito insegura a realização de eventos em espaços fechados, mesmo com redução da lotação.
Se o evento for mesmo para avançar, 60% defende a utilização obrigatória de máscara e 41% considera que devem realizar testes rápidos, 27% é a favor da redução da lotação dos espaços para 25%. Há ainda quem defenda o adiamento até ao regresso da normalidade (21%) e quem acredite que a realização de eventos deverá ser exclusivamente ao ar livre (19%).
Quanto ao orçamento disponível, a Fixando aponta para 1.509 euros como o valor médio que os inquiridos planeiam gastar em eventos este ano.
Eventos cancelados
O mesmo estudo mostra o impacto das restrições e da incerteza do lado das empresas. Segundo a Fixando, 75% dos profissionais presentes na sua plataforma aponta para o cancelamento ou adiamento de trabalhos que estavam agendados para este ano. A grande maioria (80%) refere que os problemas associados à pandemia permanecem, dando continuidade às perdas de 900 milhões de euros registadas em 2020.
O inquérito, realizado junto de mais de 18 mil profissionais, entre os dias 1 e 11 de Maio, mostra que a possibilidade de realizar baptizados e casamentos, por exemplo, não é suficiente para compensar o impacto do novo coronavírus.
Em termos mensais, 80% dos profissionais registou quebras acima dos 75% desde Março de 2020. Desde então, 54% dos inquiridos conseguiu ajuda financeira para superar as perdas.