Um terço dos portugueses planeia gastar menos dinheiro em prendas este ano

Os consumidores portugueses são os que mais vão alterar os seus comportamentos de consumo neste Natal para fazer face à subida da inflação: 32% admite gastar menos dinheiro em presentes de Natal, em comparação com o ano passado. A conclusão é de um estudo da aplicação de pagamentos Klarna e os dados demonstram que os portugueses serão os mais poupados de todos os inquiridos em 17 países.

Segundo o inquérito da Klarna, que tem como objectivo perceber de que forma o contexto de subida de preços está a impactar o comportamento dos compradores, a média de consumidores que pretende baixar o seu budget de prendas de Natal este ano, nos 17 países analisados, ronda apenas os 21%, o que coloca Portugal muito acima da média neste indicador. A seguir, surgem Espanha, Reino Unido e Áustria, com 25%.

Os consumidores nacionais são também os que admitem que o cenário de subida de preços dos bens e serviços vai impactar a forma como vão fazer compras nesta época festiva (89%), sendo que os suecos são os que sentem menos o peso deste contexto nas suas decisões de compra (67%). Apesar de tudo, 61% dos portugueses inquiridos afirma que vai gastar um valor semelhante ao que despendeu em 2021 (o que compara com a média global de 55%) e apenas 7% admite gastar mais (um número muito abaixo da média global, de 24%).

O estudo revela ainda que 69% dos homens e 62% das mulheres em Portugal definiram um orçamento antes de começarem as compras de Natal. Tenha ou não feito esse planeamento, 70% diz que vai tentar comprar presentes mais baratos (versus a média global de 50%) e 68% irá optar por presentes mais úteis e de utilização diária (a média global assenta nos 48%). Além disso, 51% vai comprar menos itens e metade só irá comprar produtos que tenha a certeza que serão usados pelos presenteados.

Quanto às formas de pagamento, 87% dos inquiridos portugueses diz que vai evitar usar o cartão de crédito para fazer as suas compras de Natal (contra 83% da média global) e 52% irá optar por soluções de Buy Now Pay Later (versus 46% da média global).

O estudo da Klarna foi feito em parceria com a agência Nepa, durante os meses de Outubro e Novembro. Em cada um dos 17 países onde o estudo decorreu, foram entrevistadas pelo menos 1000 pessoas, sejam ou não utilizadoras da app da Klarna.

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