É provável que nenhum objeto nos conheça tão bem quanto o nosso smartphone. Está sempre connosco, guarda os nossos segredos, preferências e hábitos. No entanto, apesar da proximidade quase íntima, muitos utilizadores continuam a desconhecer algumas das funcionalidades mais úteis destes dispositivos — como é o caso da discreta letra “N” que, por vezes, surge no topo do ecrã.
Segundo o El Economista, este símbolo remete para o NFC (Near Field Communication ou Comunicação de Campo Próximo), uma tecnologia sem fios que permite a troca de dados entre dispositivos que estejam a poucos centímetros de distância. Apesar de ser cada vez mais comum nos smartphones modernos — e de vir geralmente ativada por defeito — muitos ainda não tiram partido do seu potencial.
A aplicação mais popular do NFC é nos pagamentos móveis, permitindo transações rápidas e seguras com um simples toque do smartphone (ou smartwatch) num terminal. Mas as suas funcionalidades vão além disso: valida acessos em transportes públicos ou edifícios, permite emparelhar dispositivos como auscultadores sem recorrer a cabos ou Bluetooth, e até possibilita a leitura de documentos de identificação eletrónicos, como o DNI 3.0, em dispositivos Android.
O consumo energético do NFC é quase insignificante, e enquanto em Android é possível ativá-lo ou desativá-lo manualmente, nos iPhones a funcionalidade está sempre ativa.
