Telemóveis e tablets já têm etiquetas energéticas: Eis o que precisa de saber

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23/06/2025
10:45
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Marketeer
23/06/2025
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A medida, promovida pela União Europeia, entrou em vigor a 20 de junho e visa fornecer informação sobre os consumos, mas também aborda a durabilidade, a resistência e a facilidade de reparação dos aparelhos.

Segundo cálculos da União Europeia, em 2020, os smartphones e os tablets consumiram 36,1 terawatts-hora de energia primária, que é a energia disponível na natureza antes de ser convertida ou transformada. O valor inclui todas as fases do seu ciclo de vida (fabrico, utilização, reciclagem, etc.) e equivale, por exemplo, a 85% do consumo total de energia de um país como Portugal num ano.

E, se não forem tomadas medidas, este consumo deverá continuar a aumentar, atingindo os 36,5 terawatts-hora de energia primária até 2030. Por isso, a União Europeia aprovou regulamentos para promover a economia circular e incentivar o fabrico de dispositivos mais duráveis ​​e reparáveis. Com isto, estima-se que o consumo de energia será limitado a 23,3 terawatts-hora em 2030, o que representa uma poupança de 35%.

Assim sendo, a partir de 20 de junho, um smartphone ou tablet têm uma etiqueta muito semelhante à que já existe nos eletrodomésticos e outros dispositivos tecnológicos. Fornece informações sobre o seu consumo de energia e outras variáveis ​​relacionadas com as suas funcionalidades.

O que significam os diferentes elementos incluídos nesta etiqueta?

Duração real da bateria –A primeira coisa que encontramos, a partir de cima, é um código QR que dá acesso à página de informação do dispositivo no Registo Europeu de Produtos para Rotulagem Energética (EPREL), juntamente com a marca e o modelo exatos.

Logo abaixo, é indicada a eficiência energética do dispositivo, exatamente como acontece com os eletrodomésticos: existe uma classificação que varia de A a G, sendo A o consumo mais baixo e G o mais elevado. Abaixo disto, juntamente com um ícone de bateria, existe um número que mostra as horas e os minutos de duração da bateria. Neste sentido, é importante realçar que as medições devem ser sempre realizadas em condições consistentes: mesmo brilho do ecrã, mesmo volume e mesmo tipo de ligação.

Quedas e Reparações -A resistência às quedas expressa a durabilidade dos dispositivos, considerando que a nova regulamentação estabelece uma resistência mínima de 45 quedas sem capa ou película para telemóveis. Os tablets não precisam de cumprir esse requisito. Esta durabilidade é expressa por um índice que varia de A a E, sendo A a resistência máxima e E a mínima. A mesma escala é utilizada para o índice de reparabilidade — identificado por uma chave inglesa e uma chave de fendas —, que é calculado com base na facilidade de montagem e desmontagem, na facilidade de substituição de peças e na facilidade de acesso à informação técnica necessária. De notar, no entanto, que os fabricantes são obrigados a manter a disponibilidade de peças de substituição e de apoio técnico adequado durante 10 anos a partir da data de descontinuação do produto.

Um dos dois últimos ícones refere-se à duração da bateria; é, o número de vezes que pode ser carregado e descarregado antes de perder significativamente a capacidade. De acordo com a nova regulamentação, deve ser garantida a manutenção de 80% da sua capacidade inicial após 800 ciclos de carga.

O outro ícone é o indicador de resistência ao pó e à água, seguindo a certificação IP, composto por dois números: o primeiro determina a resistência ao pó (6 é a proteção máxima) e o segundo à água (9 é o máximo). O mínimo, em qualquer caso, é IP44 para telemóveis — proteção contra salpicos de água de qualquer direção e partículas sólidas superiores a 1 mm — e IP40 para tablets: salpicos acidentais de água e partículas sólidas superiores a 1 mm. A última informação aparece no canto inferior direito e é um número regulamentar: o código com o qual o produto está registado no Registo EPREL.

 


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