Com a chegada do verão, o mais recente estudo do Observador Cetelem revela que 7 em cada 10 portugueses (66%) tencionam gozar férias nos meses mais quentes de 2025, mas de forma mais contida. Apesar de representar uma quebra face aos 77% registados em 2024, esta percentagem continua acima dos níveis observados entre 2020 e 2022, marcados pelos efeitos da pandemia.
Mas o relatório destaca também um aumento significativo da proporção de portugueses que não vão de férias neste verão, que duplicou para 15%. De acordo com o Observador Cetelem, “a principal razão apontada por estes inquiridos é a falta de condições financeiras (43%)”.
Outro dado relevante é a redução do número de portugueses que pretendem passar férias fora de casa: 66% em 2025, contra 73% no ano anterior. Esta tendência poderá refletir um esforço para reduzir custos e manter os gastos sob maior controlo.
‘Férias cá dentro’ continua a ser a melhor opção para os portugueses que colocam Portugal como o destino de eleição com o distrito de Faro a liderar preferências. Ainda assim, 35% dos inquiridos indicam vontade de viajar para o estrangeiro. Espanha (35%), França (17%) e Itália (12%) continuam a ser os destinos internacionais mais mencionados.
O fator económico volta a ser determinante na escolha do destino de férias: “O custo financeiro surge como o elemento mais determinante no processo de decisão (40%), logo seguido da vontade de estar com familiares ou amigos (24%)”, pode ler-se no comunicado.
O orçamento médio previsto para as férias de 2025 é de 966€, o que representa uma diminuição de 4% face aos 1005€ registados em 2024. A estadia continua a ser o principal item de despesa (475€), seguida da viagem (350€), refeições (250€) e lazer (160€).
Hugo Lousada, Diretor de Marketing, B2B & B2C do Cetelem – BNP Paribas Personal Finance Portugal, aponta: “A vontade dos portugueses de usufruírem dos momentos de lazer e descanso nesta época do ano continua a ser uma grande tendência, no entanto, a percentagem que tenciona fazer férias durante o verão de 2025 está ligeiramente abaixo do ano anterior. As condições financeiras e o incremento dos preços nos meses de Verão são dos principais fatores apontados, pelo que há já um número significativo de portugueses que indicam preferir ir de férias noutra altura do ano.”