Servilusa: «Hoje, a participação num funeral via streaming é uma realidade»

Em 2020 a Servilusa apresentou um rebranding da sua imagem, sem deixar cair a flor de homenagem que lhe é característica. As mudanças são visíveis, sobretudo, na estilização da identificação gráfica da empresa que actua na área dos serviços fúnebres.

Tendo a empresa já uma vasta oferta ao nível de soluções ecológicas – «a questão ambiental está nos nossos pilares há mais de dez anos», assegura Paulo Carreira, director-geral -, a Servilusa está agora a apostar na renovação da sua frota com veículos eléctricos. O primeiro desses veículos já está ao serviço dos clientes, sendo assim possível fazer todo o serviço fúnebre com a preocupação de sustentabilidade assegurada. O responsável lembra que «em muitas das cerimónias fúnebres que se realiza no País, existe um cortejo em marcha lenta e, em muitas localizações, faz-se a pé». Daí que considere que se há alguma actividade em que faz sentido uma viatura eléctrica, é nesta. Não só devido às questões ambientais, mas também de ruído. O objectivo da empresa é converter toda a sua frota (mais de 150 viaturas) em veículos eléctricos ou híbridos nos próximos 5 anos.

«Ainda há um certo tabu na sociedade no nosso País em lidar com a morte, mas é um tema que faz parte da nossa vida», lembra Paulo Carreira. O momento da contratação de um serviço fúnebre é uma decisão familiar e na Servilusa recomendam que não esteja apenas um familiar envolvido e que seja uma decisão conjunta. «O funeral é um evento íntimo, de família, mas também um evento social. Portanto há muitos factores que influem na tomada de decisão por parte das famílias.» Nos países anglo-saxónicos a preparação do funeral em vida já tem um mercado muito maduro, mas em Portugal ainda se está a dar os primeiros passos. «Tem sido interessante ver que, hoje, já muitas pessoas querem tomar as suas decisões em vida, poupando os seus familiares a difíceis decisões. Essa é a principal motivação que temos encontrado no nosso País.»

Depois de mais de um ano em que a morte tem estado muito mais presente na vida de todos do que no passado, devido à pandemia, os portugueses foram confrontados com o seu receio, mas também com a necessidade de encará-la com alguma naturalidade. «Ela é uma certeza, não sabemos é quando.» Neste período foram necessárias tomar muitas medidas e acções para fazer face a muitas dificuldades num momento que é único, irrepetível e a última oportunidade para homenagear alguém. Daí que tenha sido necessário acelerar alguns processos que a Servilusa já tinha em mente para lançar no mercado, nomeadamente no que respeita ao digital. Possibilitar a participação num funeral via streaming hoje é uma realidade (foi iniciado em Abril de 2020) e tem sido uma constante diária. «Foi uma possibilidade que demos às famílias que recorrem à Servilusa para poderem estar afastadas fisicamente, mas perto das pessoas naquele momento», explica. Mas dentro do digital há ainda o envio de mensagens de condolências, de partilha de momentos de vida, sempre na óptica da homenagem. «Evoluímos muito neste ano e meio neste tipo de serviços e creio que o caminho vai ser este», vaticina o director-geral.

Acompanhe a conversa com Paulo Carreira, director-geral da Servilusa.

Artigos relacionados