Sector terciário com quebras de quatro mil milhões por mês

O abrandamento da economia resultante do confinamento deverá provocar quebras de quatro mil milhões de euros por mês para os profissionais do sector terciário, afirma a Fixando.

A plataforma de contratação de serviços locais refere que o segundo confinamento deverá registar perdas na ordem dos 35% face aos valores pré-pandemia. Ainda assim, serão menores que as perdas de 89% nos meses de Março e Abril de 2020.

Segundo a análise da empresa, a descida do preço médio de transacção aliada à quebra na procura impedirão a necessária recuperação de um sector terciário que se encontra muito fragilizado.

A Fixando afirma que são necessárias medidas de protecção individual, a recuperação da confiança dos consumidores e a adaptabilidade dos prestadores de serviços e empresas à nova realidade. Desta forma, será possível atenuar ligeiramente as consequências do confinamento.

No entanto, alerta para os graves impactos no sector dos eventos. Num primeiro confinamento, registou uma quebra superior a 85% (na ordem dos 765 milhões de euros) e, neste segundo confinamento, continua com uma quebra média mensal na ordem dos 80% sem sinais de recuperação futura.

Mantendo-se esta tendência negativa, a Fixando prevê que o sector poderá atingir perdas no valor de 890 milhões de euros e provocar o encerramento de diversas empresas.

Numa vertente mais positivo, a plataforma prevê que, a partir de Maio, haverá um crescimento de 69% na procura por serviços, o que poderá permitir entrar no segundo semestre do ano com mais estabilidade.

Ciente de que muitos profissionais têm recorrido a alternativas para trabalharem em contexto remoto e digital, a Fixando tem vindo a realizar diversas iniciativas que visam preparar os profissionais para uma realidade mais phygital.

«Temos realizado inúmeros workshops e sessões de esclarecimento e temos, cada vez mais, vindo a apostar em ferramentas que permitam aos profissionais continuar a prestar os seus serviços mesmo num contexto pandémico, nomeadamente através da criação de um método de pagamento 100% digital, a criação de um selo de profissional seguro e da disponibilização de um calendário gratuito e online para ajudar na gestão de clientes dos profissionais» sublinha Alice Nunes, directora de Desenvolvimento de Negócio da Fixando.

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