Sector das viagens áereas pode crescer a dois dígitos em 2025 apesar do aumento de custos

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Marketeer
24/06/2025
12:12
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Este ano, a procura por viagens aéreas poderá aumentar 10,2% em todo o mundo face ao ano passado, de acordo com o cenário mais optimista apresentado pela consultora Boston Consulting Group (BCG). Contudo, o estudo “Air Travel Demand Outlook 2025” revela ainda um cenário base e um pessimista, apontando alguns desafios que o sector enfrenta em 2025.

A consultora salienta que, em 2024, o sector das viagens aéreas cresceu 6,5% a nível global, impulsionado pela “descida de 20% nos preços dos combustíveis que levou à redução do custo dos bilhetes e a uma maior procura, que se espera que se mantenha estável em 2025”. Ainda assim, as companhias aéreas enfrentam diversos desafios este ano, nomeadamente atrasos na entrega de aeronaves e peças e reivindicações de aumentos salariais para tripulações e mecânicos. “Além disso, as zonas de conflito limitaram as rotas e o espaço aéreo sobre a Europa Oriental e o Médio Oriente e as tensões geopolíticas afectaram o crescimento das viagens internacionais entre a América do Norte e a Ásia”, refere a BCG.

Com base nos desafios enfrentados pelo sector e em factores económicos como as variações das taxas de juro e o crescimento do PIB, a BCG estimou três cenários possíveis para a evolução da procura por viagens aéreas em 2025:

Cenário base – é o mais expectável dos três e prevê que a procura por viagens aéreas crescerá a uma taxa composta anual (CAGR) de 5,6%, alinhada com as previsões de crescimento do PIB global e regional e em linha com o crescimento registado em 2024;

Cenário pessimista – este quadro estima uma desaceleração de 1,6% na procura, devido a aumentos nos preços do combustível e nos custos laborais, influenciado ainda por tensões regionais prolongadas e uma maior incerteza económica global;

Cenário optimista neste cenário, é esperado um crescimento da procura por viagens aéreas de até 10,2%, impulsionado por uma aceleração do crescimento económico, redução nos preços do combustível, melhorias na cadeia de abastecimento e atenuação das tensões geopolíticas globais.

“Em todos estes cenários, os desafios da cadeia de abastecimento continuarão a afectar as transportadoras aéreas, nomeadamente os actuais estrangulamentos na produção de peças essenciais, como aerofólios, com os consequentes impactos na manutenção, capacidade, custos e preços das viagens”, conclui a BCG.


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