SATA continua a voar alto para a América do Norte

Cadernos
Marketeer
25/06/2025
08:30
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Boston e Nova Iorque, nos EUA, ou Toronto e Montreal, no Canadá, são os quatro destinos para onde a SATA Azores Airline está a operar directamente, naquele continente. E que tem permitido trazer valor acrescentado à companhia.

A ligação das companhias aéreas do Grupo SATA à América do Norte não é de hoje. É uma história com mais de quatro décadas, que se iniciou muito antes das primeiras ligações aéreas operadas com aeronaves próprias. É uma ligação histórica e emocional, em grande parte impulsionada pelo desígnio de oferecer aos açorianos, residentes e emigrados, uma possibilidade de visitar os seus familiares ou de regressar à sua terra natal, através de ligações aéreas directas.

Hoje, ao desígnio de servir os que partiram e os que ficaram, junta-se a ambição do grupo em apresentar ao mercado norte-americano um arquipélago singular e muito tranquilo, onde a natureza faz-se sempre presente e convida a descansar. A poucas horas de Nova Iorque, de Boston, de Toronto ou de Montreal, estas ligações aparecem como uma nova alternativa aos que vivem ao longo do ano ao ritmo agitado de cidades cosmopolitas. Actualmente, e em particular desde 2022, a Azores Airlines tem vindo a consolidar a sua presença transatlântica ao entrar num mercado emissor com um perfil diferente e complementar ao tradicional, conforme refere Sandro Raposo, Chief Commercial Officer.

Todo este trabalho consistente é para manter, sendo o foco «a consolidação sustentável da operação existente para garantir fiabilidade e uma boa experiência aos clientes».

Quando e em que contexto é que o Grupo SATA iniciou a sua actividade nos EUA? Como tem evoluído esta operação e quais identificaria como momentos-chave até à data?

A ligação da SATA ao mercado norte-americano remonta à década de 1960, altura em que a empresa já prestava serviços de assistência em terra a transportadoras americanas nos aeroportos de Santa Maria e das Lajes, na ilha Terceira. Um pouco mais tarde, na década de 1980, a presença comercial estruturada nos EUA e no Canadá foi estabelecida, através de operações comerciais destinadas sobretudo à vasta comunidade açoriana residente estabelecida na América do Norte.

A partir do ano 2000, a SATA Internacional, hoje conhecida pela designação comercial de Azores Airlines, iniciou operações transatlânticas com aeronaves próprias, reforçando de forma significativa a sua presença naquele mercado. As ligações directas com Boston, Providence, Toronto e Montreal marcaram o início desta nova fase. Já em 2022, a entrada em operação da rota entre os Açores e Nova Iorque constituiu mais um marco histórico, não apenas por consolidar a presença transatlântica da companhia, mas também por permitir a entrada num mercado emissor com um perfil diferente e complementar ao tradicional.

Que balanço consegue então fazer da operação nos EUA ao longo destas décadas?

Temos assistido a uma evolução muito consistente da operação. O mercado norte-americano tem sido um pilar fundamental da estratégia da Azores Airlines, com uma procura crescente e diversificada, reflectindo tanto o forte vínculo, histórico e emocional, com a diáspora açoriana, como o crescente interesse turístico pelo destino Açores.

Mas o que torna a SATA competitiva nos voos de e para os EUA? Quais são os principais argumentos do grupo?

A nossa competitividade assenta em vários pilares. Em primeiro lugar, a ligação histórica que cultivamos com a diáspora açoriana. Este factor tem um peso considerável, que se mantém através da disponibilização de um serviço que procuramos tornar próximo, caloroso e enraizado na identidade açoriana. Adicionalmente, temos vindo a adaptar a nossa oferta às necessidades e aos novos hábitos de compra dos passageiros, disponibilizando uma estrutura tarifária flexível e a possibilidade de aquisição de serviços adicionais. A aposta na digitalização permitiu-nos, efectivamente, oferecer um conjunto mais vasto de serviços e uma experiência de compra mais fluida e personalizada. Outro factor diferenciador é a conectividade à chegada aos Açores, com ligações optimizadas para outras ilhas e destinos. Por fim, gostaríamos de destacar o trabalho contínuo das nossas equipas locais de vendas e promoção, a forte presença digital e uma abordagem multicanal, essencial para reforçar a notoriedade e atrair novos públicos.

Que tipo de experiência e comodidades podem os passageiros esperar nos voos de longo curso da Azores Airlines?

O embarque numa aeronave da Azores Airlines procura marcar, naturalmente de forma simbólica, o início da experiência açoriana. O ambiente a bordo procura ser acolhedor, marcado por tons de azul, animado pelos sons da natureza, num ambiente de cabine mais desafogado e luminoso, fruto das alterações introduzidas na frota Airbus, de última geração. Antes de embarcar, os passageiros podem usufruir de serviços adicionais que podem conferir outras comodidades às suas viagens. O serviço My Upgrade, My Extra Seat e o Upgrade Last Minute fazem parte do portefólio de serviços adicionais que podem ser adicionados à reserva. A bordo, os passageiros beneficiam da oferta de uma refeição de cortesia, cuja ementa é periodicamente renovada, bem como acesso ao canal de entretenimento, que disponibiliza filmes, séries, conteúdos dirigidos a crianças e jovens, bem como informação útil sobre os serviços da companhia aérea e sobre os seus destinos.

De que forma tem a operação para os EUA contribuído para valorizar e diversificar o turismo açoriano?

A aposta no mercado norte-americano foi sempre estratégica, não só pelo seu potencial económico, mas também pela oportunidade de posicionar os Açores como um destino único, ainda por descobrir por muitos. A introdução da rota Nova Iorque-Açores abriu novas perspectivas, permitindo atrair um perfil distinto de viajante.

Que balanço faria da operação da SATA no mercado norte-americano em 2024, em termos de incoming e de outgoing?

O balanço é francamente positivo e está alinhado com as nossas previsões. O Verão tem registado elevadas taxas de ocupação, próximas da lotação total, tanto nos meses de pico como nos períodos tradicionalmente mais calmos. Este comportamento reforça a eficácia das medidas que temos vindo a implementar para mitigar a sazonalidade, um dos grandes desafios do sector da aviação.

E que novidades podem vir a ser introduzidas nesta operação para os EUA?

Entre as novidades, destaca-se o reforço das frequências para Nova Iorque e Montreal, que já se iniciou em Abril. Mantemos também as operações nocturnas entre o Canadá e os Açores, que permitem um melhor aproveitamento da conectividade entre ilhas, bem como com outros destinos da companhia aérea.

E o peso da operação nos EUA nas receitas do Grupo SATA? Como tem evoluído?

A operação para a América do Norte tem um peso considerável na actividade da Azores Airlines, um valor que se tem mantido estável e que reforça a importância estratégica desta região para a companhia.

Que trabalho de promoção tem sido feito pelo Grupo SATA para divulgar as rotas de e para os EUA?

Adoptámos uma abordagem integrada de comunicação e vendas. Contamos com equipas especializadas e representantes locais com profundo conhecimento do mercado, promovemos eventos dirigidos a públicos-alvo estratégicos e mantemos parcerias de longa data com agentes de viagens. Nos últimos anos, reforçámos significativamente a nossa presença digital, com campanhas nos principais motores de busca norte-americanos e canadianos, o que nos tem permitido diversificar e alargar o perfil dos nossos passageiros.

Quais são os planos do Grupo SATA para consolidar e, eventualmente, expandir a sua operação nos EUA?

O foco tem sido a consolidação sustentável da operação para garantir fiabilidade e uma boa experiência aos clientes.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Turismo”, publicado na edição de Maio (n.º 346) da Marketeer.


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