Sabe qual é a origem da Sexta-feira 13? Azar, mistérios e… um toque de marketing

Sexta-feira é sempre um dia ansiado por muitos com a antecipação do fim de semana, mas quando se trata de uma sexta-feira 13 o caso muda de figura. Para muitos, esta combinação de dia de semana e dia do mês é sinónimo de azar, e, como tal, todos os cuidados são poucos para evitar infortúnios.

Muitos associam este dia ao famoso filme de terror dos anos 80 “Sexta-feira 13”, onde um grupo é perseguido num acampamento por um assassino de faca em punho. No entanto, a história que deu origem a este mito vai muito além de um filme de terror.

Qual é a origem da Sexta-Feira 13 como data do azar?

O receio desta data remonta ao século XIV, concretamente a sexta-feira, 13 de outubro de 1307, época dos Cavaleiros Templários. Nesse dia, os Cavaleiros Templários em Paris foram presos e queimados na fogueira… um massacre que marcou um capítulo negro na história da Igreja Católica.

Tudo começou com o rei Filipe IV que cobiçava a fortuna dos Templários, na altura com grande influência económica e considerados o braço armado da Igreja Católica.

Filipe IV persuadiu o Papa Clemente V a iniciar um processo contra a ordem, acusando-os falsamente de heresia, sodomia, sacrilégio, homossexualidade e adoração de ídolos. O papa recusou-se a iniciar uma perseguição à ordem porque queria a ajuda dos Templários para lançar uma nova cruzada militar na Palestina, mas após o Grão-Mestre Jacques de Molay recusar essa ajuda, Clemente V decidiu ouvir o rei.

Assim, no dia 12 de outubro de 1307, Molay e seus seguidores foram detidos e encarcerados e, já na madrugada de sexta-feira, 13 de outubro, a maioria dos Templários foi assassinada.

Pouco antes de ser queimado na fogueira, o último Grão-Mestre fez uma ameaça profética: “Deus sabe que fomos levados injustamente à morte. Uma grande calamidade cairá em breve sobre aqueles que nos condenaram sem respeitar a verdadeira justiça. Deus vingará a nossa morte. Eu morrerei com esta certeza.”

Um ano depois, o rei Filipe IV e o papa Clemente V morreram. O povo alegava que Jacques de Molay teria amaldiçoado este dia e, a partir dessa data, a sexta-feira 13 tornou-se uma data maldita.

Que outros “azares” aconteceram numa sexta-feira 13?

13 de janeiro de 1939: Incêndios florestais mataram 36 pessoas e destruíram várias cidades em Victoria, Austrália.

13 de setembro de 1940: O Palácio de Buckingham foi bombardeado pela Alemanha nazi.

13 de março de 1964: Kitty Genovese foi assassinada em Queens, Nova Iorque.

13 de outubro de 1972: Dois aviões caíram; um deles carregava uma equipa uruguaa de rugby.

13 de setembro de 1996: O rapper Tupac Shakur foi assassinado em Las Vegas.

13 de janeiro de 2012: O navio de cruzeiro italiano Costa Concordia afundou na costa da ilha de Giglio.

13 de março de 2020: Donald Trump declarou emergência nacional devido ao COVID-19.

Embora não existam evidências científicas que sustentem o medo desse número, muitas pessoas optam por procurar proteção contra o azar que trará esta data. Há quem use amuletos, como um trevo de quatro folhas ou uma ferradura, há quem opte por afirmações, manifestando o que quer que aconteça. 

E no marketing? Pode esta data ser de azar ou de sorte? A sexta-feira 13 pode ser uma oportunidade perfeita para marcas criarem campanhas criativas sobre o tema. Ofertas temáticas, sorteios “de sorte” e produtos exclusivos inspirados na data podem atrair clientes e transformar o suposto azar em oportunidades de negócio.

Por exemplo, sabe o que é o remarking? Esta técnica, embora não seja motivo de superstições, é muitas vezes vista como uma ferramenta assustadoramente eficaz. Diogo Paixão, Growth Marketing Lead da Wook.pt, já explicou à Marketeer esta estratégia e como se relaciona com este dia de azar (ou sorte). Se está interessando neste tema, pode ler aqui o artigo “Sexta-feira 13 e o remarketing: uma dança sombria no mundo do marketing digital”.

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