Relatório europeu revela como os adolescentes estão a usar a IA para aprender e criar

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Marketeer
09/10/2025
11:18
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A mais recente edição do “The Future Report”, um estudo europeu encomendado pela Google e conduzido pela consultora juvenil Livity, foi publicada hoje, à margem de um evento do Conselho da Europa dedicado à Inteligência Artificial e Educação. O relatório dá voz a mais de 7.000 adolescentes em toda a Europa e oferece uma visão aprofundada sobre como os jovens estão a interagir com a IA, a gerir o seu tempo online e a procurar apoio no desenvolvimento de competências digitais.

IA como aliada da aprendizagem e criatividade

Uma das principais conclusões do relatório mostra que os adolescentes estão a adotar ferramentas de Inteligência Artificial de forma generalizada: 40% utilizam-nas diariamente ou quase diariamente. A maioria reconhece os benefícios:

  • 81% afirmam que a IA melhora a criatividade

  • 65% dizem que os ajuda a gerar novas ideias e soluções

No entanto, há um desfasamento entre o uso crescente destas ferramentas e a realidade nas escolas: 28% referem que as suas instituições de ensino não aprovaram qualquer ferramenta de IA, o que evidencia a necessidade urgente de orientação e integração pedagógica responsável.

Jovens mais críticos e equilibrados online

Longe de serem utilizadores passivos, os adolescentes demonstram uma atitude ativa e crítica no mundo digital.

  • 55% dizem avaliar a fiabilidade do conteúdo que consomem

  • 57% garantem manter um equilíbrio saudável entre tempo online e offline

Este comportamento revela uma nova geração digital mais consciente e com maior capacidade de autorregulação, embora a presença de literacia crítica continue a ser um fator decisivo.

Janela de oportunidade para a educação digital começa cedo

O estudo mostra ainda que os pais continuam a ser a fonte de conselhos mais confiável para hábitos online saudáveis (32%), mas essa confiança diminui com a idade:

  • 54% dos jovens entre os 13 e os 15 anos confiam nos pais

  • Apenas 19% entre os 16 e os 18 anos mantêm essa confiança

A conclusão é clara: quanto mais cedo for feita a educação para a segurança e literacia digital, melhor. O relatório reforça assim a importância de intervenções educativas nas idades mais jovens, quando os adolescentes ainda estão recetivos ao diálogo com adultos de referência.

A Google reforça, com este estudo, o seu compromisso de capacitar os jovens com ferramentas seguras e experiências adaptadas à idade. Entre as iniciativas destacam-se:

  • Literacia em IA e ferramentas educativas
    Programas como o Experience AI, desenvolvido com a Google DeepMind e a Raspberry Pi Foundation, ajudam jovens e educadores a compreender e aplicar a IA de forma responsável. A ferramenta Gemini também está a ser disponibilizada a utilizadores mais jovens, com controlo parental via Google Family Link.

  • Educação para o pensamento crítico e segurança digital
    Iniciativas como Be Internet Awesome, Super Searchers e Meet LEO ensinam jovens e pais a navegar com segurança e espírito crítico.

  • Salvaguardas nos produtos Google
    Incluem o SafeSearch, experiências supervisionadas no YouTube, restrições de anúncios sensíveis e a estimativa de idade por machine learning para aplicar configurações adequadas.

  • Ferramentas para famílias
    O Google Family Link continua a ser uma ferramenta essencial para os pais, permitindo-lhes definir regras digitais, limitar o tempo de ecrã e controlar conteúdos acedidos pelos filhos.

O relatório completo está disponível em FutureReport.eu, e mais informações podem ser consultadas no blog oficial da Google.




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