Depois da Castilho (Lisboa), Aveiro e Joanesburgo (África do Sul), a marca portuguesa Suffa, especializada em design e fabrico de sofás premium, abriu uma segunda loja em Lisboa, localizada no Parque das Nações.
Com esta nova loja a marca dá mais um passo em frente no plano de expansão da sua rede de lojas. «A escolha do Parque das Nações resulta de uma análise estratégica do comportamento dos nossos clientes. Trata-se de uma zona urbana dinâmica, com forte poder de compra residencial e empresarial, o que nos permite reforçar a nossa presença junto do nosso segmento», explica André Fernandes, CEO da Suffa.
Aqui os clientes têm em exposição alguns dos modelos de sofás da Suffa pensados para uma utilização na vida real e tudo o que isso implica: desde crianças a animais, passando pelo carregamento de dispositivos móveis, protecção antinódoas e conforto. Podem ainda ser encontradas criações de autor, fruto de parcerias com designers de renome nacional e internacional. As peças são produzidas artesanalmente na fábrica da empresa no Norte do País
Acompanhe a conversa com André Fernandes e fique a par dos planos para a marca.
Que balanço faz da abertura da loja na Rua Castilho, que aconteceu há pouco mais de um ano, e em que medida a loja no Parque das Nações constitui um passo complementar?

A loja da Rua Castilho tem sido um verdadeiro marco na afirmação da Suffa em Lisboa. A receptividade superou as nossas melhores expectativas, quer em termos de notoriedade da marca como em volume de negócios. O espaço permitiu-nos testar novas colecções e estreitar relações com um público altamente conhecedor e exigente.
A nova loja no Parque das Nações surge, por isso, como um complemento estratégico. Queremos estar mais próximos de uma nova geração de consumidores e de famílias que valorizam a funcionalidade aliada à estética. Esta expansão permite-nos cobrir diferentes zonas da cidade, garantindo um serviço de proximidade e reforçando o nosso compromisso com a excelência e a inovação.
Quais é que são os objectivos desta nova loja que surge mais cedo do que fora anunciado?
É efectivamente mais cedo. Estávamos com previsão apenas para o segundo semestre, mas achámos pelo sucesso que estamos a ter na Castilho que deveríamos ter uma loja mais deslocada do centro. Temos muitas pessoas, por exemplo, da margem sul, e esta localização no Parque das Nações é fácil para essas pessoas. Além disso absorvemos toda a zona da Póvoa de Santa Iria, Moscavide e estamos próximos deste público.
Qual é que tem sido o tipo de público que têm conseguido captar?
Aqui nota-se que o público é um pouco diferente. São pessoas que vivem aqui na zona, são do bairro. Nota-se que estão a passear ou passam aqui durante o dia quando vão para o trabalho. E depois acabam por querer conhecer a loja.
Mas já há vendas concretizadas?
Sim, sim, já começámos a vender. Apesar de só agora termos comunicado, a frequência tem sido boa. Provavelmente, com todo o trabalho que fizemos este ano, as pessoas já começam a identificar-nos. Penso que a loja tem um potencial muito grande.
Como é que está a ser comunicada esta loja em específico e a marca?
Além da parte digital que vamos continuar, como temos vindo a fazer, optámos agora por passar também para a parte física, através de mupis e outdoors. Temos mupis digitais na zona do metro do Parque das Nações e mupis em papel, em 12 localizações no Parque das Nações. Esta campanha tem como objectivos aumentar reconhecimento da marca, comunicar a abertura da nova loja e gerar tráfego físico através de sinalética de proximidade.
Estas mupis juntam-se ao outdoor que instalámos no início de Maio um no final da A1, na zona das portagens, na entrada em Lisboa. Começámos a querer atingir um nível diferente da marca e achamos que tanto o outdoor como os mupis seria uma boa estratégia para atrair pessoas para as lojas.
Em Aveiro também estamos como uma campanha em mupis convidando os habitantes e visitantes de Aveiro a conhecerem a loja. Gosto muito da parte da proximidade com a comunidade local quando abrimos as lojas. Em Aveiro sente-se mais a comunidade, são pessoas diferentes. Estamos também com campanha em rádio e jornal locais para atrair pessoas à loja.
Tanto nos mupis de Lisboa como nos de Aveiro há mapas de localização das lojas.
Também abriram a loja em Joanesburgo, numa parceria local. Como é que está a correr?
Temos tido uma aceitação interessante, gerámos já algumas vendas. Ainda não começou a desenrolar como queríamos, no entanto mudámos um pouco a estratégia, que começou por ser B2C, no entanto sentimos ali um potencial na parte B2B e estamos a caminhar nesse sentido.
Vamos a fazer a feira Decorex Joanesburgo no final de Julho e estamos a tentar arranjar algumas parcerias com outras empresas portuguesas para trabalhar o produto português, não só o nosso, a Suffa, mas também dar a conhecer outras marcas e irmos juntos. Sentimos que havia essa oportunidade.
Portugal começa a ter alguma notoriedade no nosso meio, com o mobiliário, a cerâmica… Começam a dar valor ao produto português. Estamos a começar a ir nas duas vertentes: tanto na parte de consumidor final como na de prescritores.
No mercado nacional, quanto é que está a pesar o B2B?
Praticamente nada. Queremos procurá-lo, mas tem de ser o prescritor certo em projectos com valor. Não queremos produção em série. Queremos que o prescritor nos visite com o seu cliente para fazerem a escolha de modelos e tecidos.
Não nos interessa estar a trabalhar para outros que não seja com a marca Suffa. Não queremos entrar no private label.
Depois de Aveiro e da segunda loja em Lisboa, ainda podemos esperar mais novidades da marca em 2025?
Sim, 2025 será um ano de consolidação, mas também de crescimento sustentado. Estamos a analisar cuidadosamente novas oportunidades, tanto a nível nacional como internacional. O nosso objectivo é levar a assinatura Suffa a novos mercados, sempre com o mesmo foco: sofás premium, design contemporâneo e um atendimento de excelência. Em breve, teremos novidades que irão reforçar o posicionamento da marca enquanto referência no segmento em que actuamos.
Onde podemos esperar a próxima loja? No Algarve?
As localizações de que nós falamos há um ano, mantêm. Depois é uma questão de oportunidade e de sentirmos que a loja que possa aparecer é uma boa loja. Mas não estamos fixados em dizer Algarve ou Braga. Estamos a olhar para as localizações. Eu gosto de fazer esses passeios nessas localizações para ver se surge algum local estratégico. Faz sentido, essas localizações, no entanto, tem que aparecer o imóvel certo. Porque ir para um sítio que depois não é aquilo que nós queremos ou que não faz parte do posicionamento que queremos não faz sentido e afecta a percepção da marca.
Texto de Maria João Lima
*A jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico