Quer escrever sobre marcas e ganhar descontos?

Quatro estudantes de engenharia decidiram que estava na hora de acabar com o marketing sem emoção. A solução que encontraram foi uma plataforma de recomendações digitais que liga marcas e clientes através de publicações nas redes sociais: qualquer pessoa pode partilhar uma fotografia, recomendando determinado produto ou serviço e assumindo o papel de nanoinfluenciador. Em troca, recebe descontos das marcas que ajudou a promover.

A plataforma chama-se Strain e existe há apenas cinco meses, fruto do trabalho dos quatro estudantes. Para fazer parte desta comunidade, basta visitar o site da Strain, ver quais as campanhas activas e escolher aquelas em que se quer participar. Depois, é só publicar no Facebook ou Instagram um conteúdo relacionado com a marca, seguindo as indicações disponíveis relativamente a hashtags por exemplo, e receber a recompensa em forma de cupão.

Taxify, European innovation Academy, Sushi Saiko, Real Hamburgueria, No Way Out Escape Games, BlueAvenue e Voke são algumas das marcas que já aceitaram testar a Strain. A plataforma começou com apenas três campanhas e conta, actualmente, com 17 activas. Até ao final deste mês, esperam chegar às 25, segundo indica Francisco Ramires, um dos responsáveis pela Strain, à Marketeer.

Desde que a Strain está a funcionar, contabilizam-se cerca de 150 participações nas campanhas, com um alcance médio de 80 mil pessoas. De acordo com o mesmo porta-voz, os posts são orgânicos e originais: «Raramente temos posts iguais, uma vez que damos liberdade à comunidade para criar o conteúdo que melhor reacções cria em quem os segue.» Além disso, «a taxa de interacção com o público é bem superior aos anúncios pagos nas redes sociais, que atingem apenas 5% ao contrário dos 18-25%» que a Strain já conseguiu atingir.

Todas as pessoas que participam recebem um cupão por participação, o que para «as marcas é excelente porque cada ‘embaixador’ novo é depois traduzido numa nova venda através da utilização do cupão». Para os utilizadores das redes sociais, o benefício também é claro: podem capitalizar as suas páginas e, assim, pagar menos por artigos de que gostem.

Texto de Filipa Almeida

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