Quem sabe ler o oceano dos dados?

«As marcas têm um oceano de dados sobre os consumidores.» Este foi o ponto de partida para a conversa entre Alan Boehme (Global CTO da P&G), Dominic Grounsell (MD UK & Irland Sports Brands da GVC) e Cynthia Johnson (CEO & Author da Bell + Ivy).

Os profissionais juntaram-se no palco PandaConf do Web Summit à conversa sobre o tema “Getting insisde the brand marketing engine”. E ficou claro que, nos dias que correm, dados é coisa que não falta às marcas. Resta saber o que cada uma delas faz com esses dados. Alan Boehme garante que na Procter & Gamble os dados dos consumidores não são monetizados como acontece em plataformas como Google ou Facebook. «Há uma série de tecnologias que temos de pôr a funcionar em conjunto para que os dados sejam interessantes», comentou.

Cynthia Johnson juntou mais um ponto à questão: «Precisamos de ter quem saiba ler os dados em tempo real. Temos de saber quais os objectivos para poder olhar para a data é retirar algo da informação.» Até porque há áreas – de que é exemplo a saúde – em que os dados estão muito fragmentados.

Também na área do desporto, lembra Dominic Grounsell, há dados a somar aos já existentes a cada segundo que passa de um novo jogo. «Os dados entram a grande velocidade e tem de haver muita automação no processamento dos mesmos», assegura.

Durante a conversa moderada por Marty Swnat, da Forbes, houve ainda tempo para Alan Boehme contar que é possível com os dados que têm das pessoas na P&G criar fragrâncias, por exemplo, para cada casa que poderão integrar-se com produtos como a Alexa. «As marcas têm de criar experiências para os consumidores de maneira a que os consumidores se sintam envolvidos por elas», sublinhou o responsável, garantindo que o caminho é pela personalização.

Texto de Maria João Lima

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