Numa altura em que o telemóvel, as chaves e a carteira são praticamente extensões do corpo humano, várias marcas estão a apostar em acessórios pensados para transportar e exibir os seus produtos, com o objetivo de aumentar a visibilidade, reforçar a ligação emocional com o consumidor e, claro, conquistar espaço nas redes sociais.
Segundo o Marketing Brew, esta tendência foi catalisada pela marca Rhode Skin, de Hailey Bieber, que popularizou capas de iPhone com compartimentos para gloss e correntes douradas para pendurar bálsamos labiais. Mais do que simples utilidade, estes acessórios tornaram-se elementos de expressão pessoal e fidelização à marca.
A estratégia não passou despercebida.
A exposição constante destes objetos no dia a dia transforma os próprios consumidores em embaixadores da marca — sem necessidade de contratos ou parcerias. Basta andar com um produto visível e reconhecível para gerar conversas, curiosidade e conteúdos espontâneos nas redes sociais.
O Marketing Brew destaca ainda que esta estratégia de “mini merch” se estende a várias indústrias. A linha de cuidados capilares de Beyoncé, Cécred, ofereceu porta-chaves em forma de frascos de champô durante a sua última digressão. A IKEA lançou porta-chaves em forma de almôndega sorridente, e a marca Pleasing, de Harry Styles, apostou num acessório de design ousado que se tornou viral pela sua irreverência.
O que começou com capas de telemóvel evoluiu para um verdadeiro ecossistema de produtos e suportes que vivem nos bolsos, nas mãos e nos acessórios das pessoas. De Glossier a Chanel, de Rhode a 818, as marcas estão a apostar em formatos compactos, visíveis e carregados de identidade, muitas vezes pensados para serem fotografados, partilhados e discutidos.
De acordo com o Marketing Brew, esta tendência é mais do que uma moda passageira: é uma nova forma de estar no mercado. Ao integrar o produto no dia a dia de forma criativa e visual, as marcas não só ganham espaço físico, como emocional, criando vínculos genuínos com uma geração que valoriza a personalização, o design e, claro, a capacidade de partilhar tudo no Instagram ou TikTok.














