PT e Oi chegam a acordo para fusão
A Portugal Telecom (PT) anunciou hoje que assinou um acordo de intenções com a brasileira Oi que define os “princípios essenciais para uma proposta de fusão” entre as duas companhias e as holdings da Oi, dando origem a uma sociedade cotada brasileira denominada CorpCo e liderada por Zeinal Bava, actual CEO da PT e da Oi.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a PT explica que a operação de fusão é “uma consequência natural da aliança industrial” assinada em 2010 pelas duas companhias. A empresa estima ainda que a operação poderá resultar em sinergias operacionais e financeiras no valor de 5,5 mil milhões de reais (cerca de 1,8 mil milhões de euros).
“A combinação dos negócios da Portugal Telecom e da Oi resultará na criação de um operador de telecomunicações líder, cobrindo uma área geográfica com cerca de 260 milhões de habitantes e cerca de 100 milhões de clientes”, assevera a PT. “A transação consolidará a posição das duas sociedades como o operador líder nos países de língua portuguesa, liderando em todos os mercados em que opera”, reitera.
Como parte da transacção, a Oi pretende realizar um aumento de capital (em dinheiro e bens) de 8 mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros), com um mínimo de 7 mil milhões de reais (2,3 mil milhões de euros) em dinheiro. Uma operação que visa “melhorar a flexibilidade do balanço da CorpCo”, adianta a PT.
Os accionistas da PT irão deter 38,1% do capital social circulante da CorpCo e terão direito de voto.
O actual presidente da Oi, José Carneiro da Cunha, presidirá ao conselho de administração da CorpCo e o presidente da PT, Henrique Granadeiro, ocupará a vice-presidência.
Do conselho de administração da nova entidade farão ainda parte, nos primeiros três anos, Alexandre Legey, Amilcar Morais Pires, Fernando Magalhães Portella, Fernando Marques dos Santos, José Maria Ricciardi, Nuno Vasconcellos, Rafael Mora, Renato Torres de Faria e Sergio Franklin Quintella.