Profissionais de marketing devem estar atentos ao play-to-earn. Sabe o que é?

O gaming é, actualmente, uma das formas de entretenimento mais lucrativas a nível mundial e a chegada da Web 3.0 proporciona novas formas de os criadores de jogos, assim como os próprios jogadores, ganharem dinheiro. O que é então o play-to-earn e por que razão devem os profissionais de marketing importar-se com isso?

A tecnologia blockchain e as criptomoedas têm dado azo a que sejam criados novos formatos de jogo que permitem aos utilizadores, em teoria, ganharem “dinheiro” à medida que jogam. É possível criar ou comprar activos no próprio jogo, ligados a NFTs, que aumentam o valor de objectos virtuais. Um avatar do jogo “Axie Infinity”, por exemplo, foi vendido por 300 ethereum, o equivalente a 120 mil dólares.

De acordo com o WARC, esta é a base da economia play-to-earn (P2E), que transforma activos de um jogo  em algo que os jogadores podem possuir, aumentar o seu valor e, em última instância, vender para ganhar dinheiro verdadeiro.

Embora a moeda digital dos videojogos já exista há vários anos, só agora, com a chegada dos NFTs, é que os jogadores podem realmente trocá-la por dinheiro verdadeiro, de forma legítima. Ainda assim, esta realidade está longe de não ter problemas, já que o “Axie Infinity”, por exemplo, perdeu aproximadamente 600 milhões de dólares.

O marketing entra nesta narrativa através do papel que pode desempenhar em convencer o público pouco interessado nos NFTs e no sucesso que é possível alcançar se a sua utilização for feita correctamente.

Os profissionais de marketing que queiram tirar partido deste segmento terão como missão, nos próximos anos, levar mais pessoas a perceber que não será inútil gastar dinheiro em coisas que não se podem ter realmente. Terão também de convencer os jogadores de que os videojogos podem ser uma forma de obter valor, passível de ser trocado por dinheiro real.

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