A inteligência artificial continua a expandir os limites do que consideramos possível, e a sua aplicação no universo dos animais de estimação parece saída de um filme de ficção científica. Gemini, reconhecida pelas suas inovações em IA conversacional, lançou recentemente um tutorial passo a passo para criar prompts que permitem “dar voz” aos cães de forma convincente. Esta tecnologia vai muito além do simples entretenimento, abrindo novas oportunidades para os cães influencers, que deixaram de ser meras figuras adoráveis nas redes sociais para se tornarem protagonistas reais em campanhas de marketing, destaca a Merca20.
Nos últimos anos, temos assistido ao crescimento dos chamados “dogfluencers” — cães que levam estilos de vida peculiares e chegam a ganhar milhares de dólares por cada publicação. De acordo com a agência The Dog Agency, estes influencers caninos podem faturar até 16 mil dólares por fotografia, o que tem atraído o interesse de várias marcas para este nicho crescente, conforme reportado pela Merca20.
Até agora, os cães influencers conquistavam as redes sociais essencialmente pelo seu aspeto, gestos e momentos simpáticos captados em fotos e
vídeos. Contudo, as suas interações eram sempre mediadas pela interpretação humana, os textos e legendas são escritos pelos seus donos ou community managers, e a “personalidade” do animal comunicava-se de forma indireta.
Com a introdução da Gemini e dos seus prompts para voz canina, esta narrativa pode evoluir para uma comunicação mais direta e autêntica, ainda que mediada pela IA. A ferramenta permite gerar respostas coerentes e adaptadas à “personalidade” que se pretende projetar para o animal. Isto não só aumenta a perceção de vida própria da mascote, como também oferece às marcas um recurso poderoso: um cão influencer que pode “falar” diretamente com a audiência, participar em dinâmicas interativas, responder a perguntas e contar histórias alinhadas com campanhas específicas, segundo análise da Merca20.
O valor desta inovação vai muito além do entretenimento. Os consumidores tendem a criar ligações emocionais mais fortes com personalidades que parecem autónomas e genuínas. Ao dotar os cães de uma voz própria, reforça-se a sua presença digital e a sua capacidade de influenciar decisões de compra, elevando-os de simples mascotes virais a verdadeiros embaixadores de marca. Esta mudança pode redefinir a forma como as agências de marketing planeiam campanhas com animais, aproveitando a interação conversacional como um novo canal de engagement, sublinha a Merca20.














