Portugueses confiam mais nas instituições de saúde do sector privado

Um estudo hoje divulgado pelo Observatório de Saúde da Universidade Europeia revela que os portugueses confiam mais no sector privado do que no Serviço Nacional de Saúde (SNS): quase três em cada quatro inquiridos confiam ou confiam muito no sector privado, enquanto o sector público colhe 56,1% das respostas.

O estudo, intitulado “Os portugueses e a Saúde no pós-pandemia”, refere ainda que dos inquiridos que recorreram aos serviços de saúde no último ano, 51,5% optou pelo sector público e 67,7% recorreu ao privado. E se no SNS os serviços mais procurados são os cuidados de saúde primários (médico de família ou outro médico no centro de saúde), no privado o foco são as consultas de especialidade nos hospitais (56%).

Globalmente, a qualidade dos serviços (público e privado) é avaliada com nota positiva pelos inquiridos, destacando-se o “bom atendimento” (97% das respostas), “esclarecimento claro e perceptível” (89%) e “conforto e informação” (87%).

Contudo, os tempos de espera para consultas de especialidade e para cirurgias são apontados como os principais motivos de queixa dos inquiridos em relação aos serviços de saúde: 48,7% dos inquiridos diz ter dificuldade em aceder a uma consulta da especialidade e, entre estes, 30,2% espera há mais de três meses por uma destas consultas. Além disso, 35,4% dos inquiridos referem dificuldades em realizar exames de diagnóstico, sendo que 27,2% aguardam há mais de três meses pela realização de um exame deste género.

O estudo “Os portugueses e a Saúde no pós-pandemia” foi realizado através de um inquérito online, entre os dias 22 de Fevereiro e 19 de Março, recolhendo 2028 respostas.

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