P&G testa novo modelo de agência

Profissionais de três agências externas combinados com as próprias equipas de planeamento de meios estão na base do novo modelo de criação da Procter & Gamble (P&G), assente na colaboração. Segundo avança a AdAge, a multinacional está a testar um novo conceito de agência, em que o cruzamento de competências e percursos é chave.

O resultado desta aposta dá pelo nome de Woven e tem como alvos as marcas de cuidados têxteis da P&G, nomeadamente Tide, Downy e Bounce. Na ficha técnica encontramos nomes da Grey, Leo Burnett e Saatchi & Saatchi, o que significa que a empresa decidiu apostar em dois grupos diferentes: WPP, no primeiro caso, e Publicis, nos outros dois.

De acordo com a AdAge, a grande questão na indústria gira em torno do sucesso deste modelo: se não acabará por resultar numa espécie de monstro de Frankenstein, com um braço daqui e uma perna dali. «Acredito que este será o modelo de como o sistema in-house funcionará no campo dos Bens de Grande Consumo», indica Tom Denford, CEO da ID Comms para a América do Norte, acrescentando que o poder regressará aos marketers.

Joe Mongognia, director Criativo executivo na Grey e na Woven, confessa que consegue perceber a estranheza que a agência possa causar a quem está do lado de fora: «As pessoas estão curiosas tanto do ponto de vista do negócio como da criatividade.»

Em termos práticos, a Woven funciona como uma agência independente mas não tem força legal, o que significa que não foi preciso, por exemplo, realizar qualquer tipo de alteração aos contratos.

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