Penguin e Random House criam gigante editorial

O grupo britânico Pearson e o grupo alemão Bertelsmann chegaram a um acordo para a fusão de suas respectivas editoras, Penguin e Random House. No final resultará nem mais que a maior editora de livros em língua inglesa, ficando daqui excluídas as actividades de publicação generalista da Bertelsmann na Alemanha.

As actividades das duas editoras juntar-se-ão numa só empresa, a Penguin Random House, na qual a Bertelsmann terá uma participação de 53% e a Pearson de 47%, segundo comunicados emitidos pelas dois grupos. A Penguin Random House terá no seu catálogo autores como Ken Follet, EL James e o vencedor do Prémio Nobel de Literatura 2012, Mo Yan.

«A fusão reúne duas líderes mundiais no mercado editorial em língua inglesa com capacidades altamente complementares. A Random House é a líder do mercado nos EUA e Reino Unido, enquanto a Penguin é a marca mais famosa no mundo editorial», lê-se no comunicado.

A Pearson conservará a marca Penguin para as publicações de livros didácticos.

A multinacional alemã nomeará cinco directores para o conselho da Penguin Random House; a Pearson será responsável por quatro. Dos dois lados, o que se acredita é que a fusão ajudará os dois grupos a reagir ao avanço dos eBooks ou à pressão de preços com a venda de livros em canais mais baratos, como supermercados.

«Juntos, os dois grupos poderão dividir grande parte dos custos, investir mais em autores, leitores e ser mais ousados em testar novos formatos neste universo de rápida evolução dos livros e leitores digitais», sublinhou a directora executiva da Pearson, Marjorie Scardino.

A operação de fusão depende agora da aprovação das diferentes autoridades, o que deverá acontecer no segundo semestre de 2013.

De recordar que este anúncio aconteceu um dia depois de Rupert Murdoch, presidente do grupo de comunicação News Corp, ter dito em entrevista ao jornal inglês Sunday Time que a sua empresa poderia fazer uma oferta pela Penguin.

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