Opel e PSA mantêm-se concorrentes

A compra da Opel por parte do Grupo PSA não terá implicações na estratégia e operação da marca alemã em Portugal, pelo menos a breve prazo. A informação foi avançada à Marketeer por João Falcão Neves, director-geral da Opel em Portugal, à margem da apresentação do novo Crossland X.

«Até ao final do ano a Opel e o grupo PSA continuarão a ser concorrentes. O processo de venda decorrerá até ao final de 2017 pelo que, até lá, não haverá novidades. Ainda é muito cedo para falar de mudanças, mas irão acontecer, certamente. Ainda nada está definido», avançou.

Ainda assim, o responsável lembra que a operação resultará no segundo maior grupo automóvel mundial, traduzindo-se num alinhamento de design, num maior poder de negociação e compra de peças e na impressão da tecnologia alemã nos automóveis franceses, juntamente com a componente eléctrica que não existe na PSA. «Mas acredito que só daqui a dois anos teremos resultados visíveis desta operação», acrescenta.

As declarações foram proferidas à Marketeer a propósito do lançamento do Opel Crossland X, o novo crossover da marca alemã que aponta ao segmento B. «Este é um veículo que demonstra a colaboração entre a Opel e a PSA que resulta num grande produto», refere, acrescentando tratar-se da mesma base que terá o futuro Citroën C3 Aircross, marca do Grupo PSA. O novo modelo será comercializado em Portugal a partir de Junho. Contará com motorizações de três e quatro cilindros a gasolina e diesel, com potências entre 81 e 130 cavalos (nos blocos a gasolina) e 99 a 120 (nos motores diesel).

O Crossland X poderá ser encomendado a partir de Abril, com os preços a arrancarem nos 17.900 euros, na versão a gasolina, e 22.800, respeitante à motorização diesel.

O director-geral anunciou ainda que o Grandland X será o próximo automóvel a figurar no gama da marca, ainda sem desvendar uma data para a sua apresentação. Fica assim visível a aposta da Opel na categoria de SUV/Crossover, onde, para além do novo Crossland X, conta também com o Mokka X.

Texto de Rafael Paiva Reis

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