Observador Lifestyle prepara novas edições em papel

A revista Observador Lifestyle vai perder o estatuto de pop-up e assumir uma periodicidade mais regular – ainda que não fixa. Com João Miguel Tavares ao leme, no papel de publisher, o projecto vai evoluir para uma publicação com edições especiais dedicadas a diferentes temas, mas sempre sob a perspectiva de lifestyle.

O primeiro número desta nova vida da Observador Lifestyle chega às bancas já na próxima semana e tem como pano de fundo a família. João Miguel Tavares explica à Marketeer que não se trata de uma típica revista sobre pais e filhos, focada em questões de saúde ou educação. São, sim, cerca de 140 páginas recheadas de sugestões e histórias de marcas e projectos, por vezes de áreas habitualmente menos exploradas, como por exemplo a decoração.

Em qualquer dos casos, aquilo que é feito em Portugal será privilegiado. Um dos objectivos é mostrar que o País cresceu e que não faltam exemplos de criatividade e qualidade nos mais diferentes sectores. João Miguel Tavares ressalva que não está em causa uma portugalidade bacoca, mas sim a vontade de transmitir um estado de espírito ao público: apesar de todas as crises, Portugal tem mostrado ser um país de empreendedores com muito (bom) gosto.

Estão previstos quatro números anuais, sendo que as próximas edições serão dedicadas a viagens, comida e consumo (a pensar no Natal). Segundo o publisher, a quem se juntam Ana Dias Ferreira e Tiago Pais, não existe um projecto semelhante no mercado nacional, que aposte tanto na exclusividade e no requinte, tanto no conteúdo como na forma: a Observador Lifestyle é assinada pela agência Silvadesigners e tem em consideração todos os pormenores, incluindo a qualidade do papel.

João Miguel Tavares aponta ainda outro aspecto diferenciador. De acordo com o responsável, o Branded Content ainda tem muito por onde crescer em Portugal e será um dos pilares da publicação. A Observador Lifestyle irá trabalhar de perto com marcas e anunciantes, de modo a criar conteúdos relevantes tanto para as insígnias como para os leitores. Transparência deve ser palavra de ordem.

«Não nos interessa ter 100 mil leitores. Queremos 10 mil de qualidade», afirma João Miguel Tavares, referindo-se à opção por uma tiragem mais reduzida. A intenção é que a revista chegue a um público de facto interessado nos seus conteúdos, disposto a investir – tempo e dinheiro – e que, no final, tenha vontade de guardar cada exemplar na estante da sala, como se de uma colecção se tratasse. Segundo o responsável, é também este tipo de público que as marcas procuram.

O novo projecto resulta de uma parceria entre João Miguel Tavares e o Observador, tendo sido criada uma nova empresa especificamente para o efeito, a Cinco Um Zero. Partilham algumas estruturas, nomeadamente escritório e equipa comercial, mas são independentes.

Em cima da mesa estão ainda outros planos, nomeadamente a possibilidade de criar uma versão em língua inglesa ou de enveredar por outras áreas de negócio, como os eventos.

Texto de Filipa Almeida

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