O papel dos centros comerciais na economia de proximidade. Viver local, comprar local, ser parte da comunidade!

Opinião
Marketeer
25/06/2025
20:02
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Por Mário Barros, Cluster Operations manager na Ingka Centres para o Sudoeste da Europa

O mundo tem encolhido nos últimos anos, desde 2019, temos sido confrontados com uma sucessão de eventos — Covid, crise energética, inflação, conflitos e emergência ambiental — que geraram consequências profundas na economia, no valor do dinheiro, na forma como vemos o mundo, nos nossos valores e, inevitavelmente, nos nossos hábitos de consumo.

Um dos efeitos desse cenário já foi abordado num artigo anterior: Consumidor racional 2.0: Diferente da geração pós-2008. Para além de ser um consumidor sensível ao preço e focado no valor, o consumidor atual valoriza marcas que respeitam a sua privacidade, refletem as suas preocupações económicas, pessoais e comunitárias e demonstram um compromisso crescente e inevitável com a sustentabilidade. Os centros comerciais não são exceção, como fica claro no último relatório da Associação Portuguesa de Centros Comerciais – “Novas Tendências de Consumo”.

Mas como podem os centros comerciais impulsionar a economia local? A verdade é que já o fazem, e de forma significativa. São, na realidade, dos maiores – se não os maiores – contribuidores para a economia local onde estão inseridos. Além de serem dos maiores empregadores no setor terciário, também geram uma economia secundária que sustenta toda a operação do centro.

O setor dos centros comerciais tem igualmente as ferramentas necessárias para liderar um retalho mais sustentável. Integra-se na cadeia logística e minimiza os desafios da última milha: menos embalagens individuais, menos devoluções e menos deslocações desnecessárias. Além disso, contam com uma rede consolidada que, em parceria com as marcas, pode avançar em direção à neutralidade carbónica e a um consumo mais circular e moderado.

Na Ingka Centres, trabalhamos lado a lado com os nossos parceiros para alcançar a neutralidade carbónica até 2030 e ajustamos a oferta de retalho para reduzir o consumo de recursos, seja através da implementação de conceitos circulares ou da promoção de soluções mais sustentáveis.

Por outro lado, novas tendências costumam trazer desafios, mas também oportunidades. Valorizar ainda mais os retalho e empresas locais pode fortalecer o sentido de comunidade e atrair consumidores que procuram experiências de compra únicas e autênticas. Sim, ainda mais destaque, porque os centros comerciais já albergam lojistas locais, nacionais e internacionais. Essa estratégia pode aumentar o tráfego, melhorar o envolvimento da comunidade e impulsionar a economia local.

Além de promover a identidade do comércio local, os centros comerciais podem atuar como incubadoras para empreendedores, oferecendo-lhes uma plataforma de crescimento nacional e internacional. Este modelo de parceria, partilha de conhecimento e criação de oportunidades é o que a Ingka Centres pretende consolidar com o projeto Ingka Futures. Retalho sustentável e com identidade!


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