O Novo Banco agora é novobanco. Imagem também sofre alterações

A partir de agora, o Novo Banco deverá ser conhecido como novobanco. Se, na oralidade, a mudança não se nota, o mesmo não se pode dizer na imagem desta instituição financeira, que apresenta agora uma “identidade visual inédita”, segundo é divulgado em comunicado a que a Marketeer teve acesso.

Segundo o novobanco, a nova imagem foi criada com base na voz dos colaboradores, através da conversão digital do som em representação gráfica. O resultado é uma onda de áudio que pode ser encontrada desde já no logótipo do novobanco, que mantém o verde mas adopta novos tons mais próximos do azul.

Para chegar a esta onda, o novobanco desafiou cerca de 3700 colaboradores a gravarem a sua voz, juntando depois todas as submissões para criar “uma onda colectiva que representa a voz dos que diariamente são a componente mais importante da relação do banco com os seus clientes”.

Isso mesmo é representado também na nova assinatura de marca – “Juntos fazemos o futuro” – que visa evidenciar o envolvimento dos vários stakeholders no processo de reconstrução do banco.

Além da mudança de nome – que une o que antes estava dividido, mais uma vez reforçando esta ideia de colaboração –, da nova imagem e assinatura, o novobanco tem também uma nova identidade sonora e um soundlogo, fruto de um trabalho desenvolvido pelo artista português Luís Clara Gomes, mais conhecido por Moullinex. O desafio passava por interpretar, numa composição original, o conceito resultante das ondas de voz.

«Este é um conceito que sublinha a união, o espírito colaborativo e o trabalho conjunto para o bem comum e do qual muito nos orgulhamos», explica António Ramalho, CEO do novobanco. No mesmo comunicado, sublinha que «esta é uma forma inovadora» de salientar o amanhã que a organização quer construir, «não apenas dentro do banco, mas também, e sobretudo, para os clientes, para as pessoas, empresas e para a economia do País».

Já numa apresentação aos jornalistas, que decorreu num balcão em Lisboa, António Ramalho reforçou que esta mudança reflecte o caminho de transição e restruturação que o novobanco tem vindo a fazer nos últimos sete anos. «Esta nova imagem corresponde a um novo ciclo, que faz parte de um processo continuado. Um processo que começou numa primeira fase (2014) em que foi preciso gerir constrangimentos de liquidez; uma segunda fase de reestruturação (2017), com a venda de 75% da instituição [à gestora norte-americana Lone Star]; e, finalmente, o processo de renascimento do banco, que está a acontecer a partir deste ano», referiu. «É um compromisso para o futuro, que pretende responder as exigências do banco em servir a economia, um crescimento saudável com objectivos bem claros: um banco português, centrado nas empresas, simples, flexível, robusto e comprometido com todos os seus stakeholders», reiterou.

Ainda sobre a nova marca, António Ramalho revelou que uma mudança mais radical de nome chegou a estar em cima da mesa, mas que a opção, em termos estratégicos, passou por «criar um nome que é uma evolução e não uma revolução e que nasceu nas pessoas». «Havia varias soluções, mas uma das conclusões dos estudos de mercado efectuados é que o banco dependeu muito dos seus colaboradores durante o processo de reestruturação. Os nossos colaboradores são os heróis incógnitos desta nova marca, que é deles», afirmou.

Balcões mudam até ao final de 2022

A nova imagem do novobanco – desenhada em parceria com as agências BBDO, Brand Practice e Innovation Makers – vai poder ser encontrada em todos os canais de comunicação do banco, incluindo plataformas digitais, ATM, POS, cartões (que só mudarão à medida que forem sendo renovados pelos clientes) e rede de balcões.

De acordo com António Ramalho, a nova marca estava a ser desenhada e pensada desde 2018 – ainda durante o período de reestruturação da instituição bancária -, sendo que a própria rede de balcões já estava preparada para receber a nova imagem, o que permitirá agilizar todo o processo. Até ao momento, cerca de 65 balcões já adoptaram a nova identidade, num processo que será progressivo: estão previstos cerca de 100 até ao final do ano e os restantes até Dezembro de 2022. No total, o investimento na remodelação da rede de balcões do novobanco, e que inclui o investimento na transformação digital dos mesmos, deverá ascender a 80 milhões de euros.

A nova imagem será promovida através de uma campanha de publicidade que dá a conhecer a novidade à generalidade da população. A campanha, que contará com dois spots de 20′ e 30′, será divulgada a partir de hoje em televisão, rádio, imprensa, meios digitais, redes sociais e mupis. O investimento em meios deverá rondar 700 mil euros.

Notícia actualizada no dia 25/10 às 14h20.

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