O modelo de negócio da Zara está a abrandar. Saiba porquê

A Zara criou um império avaliado em 20 mil milhões de dólares (17,9 mil milhões de euros) assente em fast fashion, mas agora vê-se obrigada a abrandar o ritmo. A afirmação é da Fast Company, segundo a qual a marca espanhola de moda está a apostar numa transição para práticas mais amigas do ambiente. Tecidos sustentáveis e reciclagem fazem parte dos planos para os próximos anos.

Segundo a mesma publicação, a equipa de 300 designers da Zara apresenta 12 mil novas peças todos os anos, sendo que grande parte dos modelos não demora mais do que seis meses a passar do papel às prateleiras. O novo plano da Zara, que abrange também as restantes sete marcas da empresa-mãe Inditex (Massimo Dutti e Pull&Bea incluídas), diz respeito somente ao modo de fabrico. Até 2025, as diferentes insígnias recorrerão somente a algodão, linho e poliéster orgânico, sustentável ou reciclado.

Porém, a Fast Company alerta que uma marca verdadeiramente sustentável precisa de levar a cabo alterações mais profundas. É necessário mudar processos e repensar a rapidez com que a marca se move para que centenas (ou milhares) de t-shirts, camisolas e vestidos não acabem nos armazéns, sem destino. O problema está também no volume, não apenas na produção.

Porta-voz da Zara sublinha que, apesar de a marca ter por base um modelo de fast fashion, não incentiva os consumidores a tratarem a roupa como bens descartáveis. Contudo, ao criar peças que seguem tendências, a Zara está a promover a aquisição constante de novas roupas e acessórios.

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