Nestlé Portugal com crescimento nos 0,8%

logo_nestle-redimensionadaResiliência foi hoje a palavra mais proferida por António Saraiva de Reffóios, administrador-delegado e director-geral da Nestlé Portugal, durante a apresentação de resultados. É que, fruto de um conjunto de alterações nos hábitos e comportamentos de compra e consumo dos portugueses, a Nestlé Portugal ficou-se por um crescimento de 0,8%, com as vendas a situarem-se nos 624,1 milhões de euros e a registarem um aumento de 3,6%. Para estes números contribuíram as exportações – 12,8% do volume de negócios num total de 80 milhões de euros – e a inovação – 14%.

António Saraiva de Reffóios lembrou mais uma vez a crescente transferência do consumo de fora para dentro de casa, o aumento das marcas próprias de distribuidor e a própria mudança de composição dos lares portugueses (cada vez mais só com uma ou duas pessoas), para justificar o cenário com que a Nestlé Portugal tem vindo a lidar.

Daí que, em 2011, os maiores crescimentos de vendas tenham sido registados nos negócios de Cafés – com Nespresso e Dolce Gusto -, nos produtos culinários – forte contribuição, aqui, de Maggi Directo ao Forno – e em nutrição clínica. De resto, o administrador delegado aproveitou para revelar que 50% do negócio da Nestlé em Portugal «já é café».

Para este ano, as previsões de António Saraiva de Reffóios apontam que, a verificar-se crescimentos em vendas, estes acontecerão nos Popular Price Product – ou seja, nos produtos que aliam conveniência a preço. Como é o caso de cafés, solúveis ou papas.

Este será ainda o ano de continuar a dirigir atenções para as marcas, e para as unidades fabris, de forma a garantir a sua viabilidade a médio e longo prazo. Já em 2011 a Nestlé investiu em Portugal 7,4 milhões de euros nas suas quatro fábricas, «para reforçar a competitividade».

António Reffóios garante que os resultados são já visíveis. E dá dois exemplos: a fábrica de cereais de Avanca «já é considerada o principal centro de fabricação de cereais na Europa», enquanto a da Lagoa (de leite em pó) ganhou na semana passada um concurso para fornecimento a um operador europeu de vending machines e que irá contribuir para «um aumento de produção na ordem dos 30%».

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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