Nem tintol, cheirinho ou bejeca. Europeus cortam no consumo de álcool

As vendas de álcool nos principais mercados europeus, nomeadamente Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha, desceram 2.7 mil milhões de euros em 2022. A principal razão apontada para o decréscimo é o aumento dos preços, do custo de vida e da inflação.

Durante a pandemia, em 2020, esta categoria viu um aumento exponencial do consumo, com os consumidores confinados em casa. Nesse ano, as vendas aumentaram 12,6%, o que contribui com um extra de 7,5 mil milhões de euros para o retalho. No ano seguinte, os dados partilhados pela Marketing Week demonstram um regresso ao normal nas vendas, com um crescimento anual de 500 milhões de euros.

Agora, as previsões revelam que as vendas de álcool, tanto no retalho como no canal Horeca, não deverão crescer em 2023 a não ser que haja investimento em novos produtos criados especificamente para as necessidades dos consumidores e pensados para os momentos de consumo, que tornem esta categoria relevante novamente.

«As vendas de álcool têm tendência a aumentar durante as recessões, porque as pessoas optam por comer em casa em vez de fora. Contudo, a actual recessão está envolta numa tempestade perfeita de preços excepcionalmente elevados na alimentação e energia e de uma evolução anémica dos salários», salienta Ananda Roy, global SVP, Strategic Growth Insights Ananda Roy.

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