Negócios e prazer… vínico

O The Lodge Wine and Business Hotel conjuga a componente empresarial com uma forte inspiração no vinho e na região do Douro. Aqui, depois de uma reunião, pode desfrutar de um bom copo num espaço de cinco estrelas que é uma ode à vitivinicultura.

Texto de Rafael Paiva Reis

Foto de Francisco Almeida Dias

Diz a velha máxima que não se mistura negócios com prazer. Pois, o The Lodge Wine and Business Hotel recusa esta ideia, apostando exactamente nestas duas vertentes como conceito para o seu espaço em Vila Nova de Gaia. Após um soft opening, em Outubro, o The Lodge Wine and Business Hotel estreou-se oficialmente em Maio, posicionado como um hotel de luxo para trabalho e lazer. Situado nas antigas caves da Real Companhia Velha, de vinho do Porto, manteve a fachada original, considerada património. Por fora, parece um pequeno hotel boutique. Mas, assim que se entra, apercebemo-nos que se trata de um design de luxo, da autoria de Nini Andrade Silva, inspirado no Douro.

No lobby, vemos o passado e o presente vínico da região, com a cortiça nas paredes, pilares inspirados nas vinhas, alcatifas a imitar betão (simulando o piso das adegas), bem como plantas características da região. O impacto não é apenas visual, tendo sido criada uma fragrância exclusiva para perfumar o hotel. Destaque para as escadas que fazem a ligação para o Business Center, que resultam da recuperação de uma pipa massiva de vinho do Porto. Esta zona é composta por quatro salas para reuniões, podendo receber eventos de cariz corporativo e social, nomeadamente casamentos ou exposições, contando ainda com uma cozinha de apoio.

O The Lodge conta com 119 quartos, a maioria dos quais com uma vista incrível para o Douro, sendo sete deles suítes. Os quartos são espaçosos, com muita iluminação e uma decoração glamorosa. Dispõe ainda de um espaço com piscina exterior – apelidado urban retreat – onde também existe um pequeno ginásio.

Diz-se que é de Gaia que se tem a melhor vista para o Porto. E essa vista fica ainda melhor quando estamos no Dona Maria, o restaurante do The Lodge Wine and Business Hotel, onde se eleva a cozinha tradicional portuguesa para criar experiências que despertam memórias. Num espaço intimista, com uma decoração elegante mas acolhedora, podemos desfrutar da criatividade do chef Ricardo Simões, que não só promove pratos portugueses como os apresenta numa lógica de partilha. É por isso que, no Dona Maria, o tacho vem para a mesa, para que possamos descobrir novos sabores e replicar a intimidade de uma refeição caseira. No Wine Bar, é possível pedir vinho a copo e cocktails vínicos, alguns dos quais envelhecidos em barris. Às sextas-feiras, a partir das 17h30, existe o “Wine O’Clock”, podendo usufruir de uma prova de vinhos e alguns petiscos. De quinta a domingo, a partir das 16h, existe o Afternoon Tea, uma experimentação de chá, acompanhada por alguns bolos e salgados, destacando-se uns scones frescos e quentes que tão bem combinam com os doces caseiros.

A visão e sentido estético de Nini Andrade Silva está presente no hotel em vários locais, destacando-se nas casas de banho do restaurante e na zona de reuniões. Parece estranho, de facto, mas são esteticamente fascinantes, com lavatórios que se assemelham a uma uva cortada ao meio, sendo um dos espaços onde menos se esperaria ficar impressionado. Para já, o objectivo do The Lodge consiste em apontar ao mercado europeu, havendo previsões positivas para o último trimestre deste ano. «Vamos começar por concorrer com os melhores hotéis de Portugal para depois concorrer com os melhores hotéis do mundo. A vista do The Lodge é incrível e melhora bastante a experiência, mas não é uma experiência em si. E nós queremos ser recordados pelo serviço autêntico e genuíno, que proporciona excelentes experiências», conta Niklas Breitenbach, director de Vendas e Marketing do The Lodge.

Para melhorar e proporcionar novas experiências, será criada uma wine shop, para que os hóspedes possam adquirir os vinhos que provaram no bar e restaurante. E também está em equação a criação de actividades fora do hotel, para que seja possível proporcionar experiências para lá deste espaço.

Este artigo foi  publicado na edição de Agosto de 2021 (n.º 301) da Marketeer.

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