México quer o seu Primavera Sound

Há mais de uma década que a produtora musical Primavera Sound, com sede em Barcelona, organiza espectáculos musicais.

O seu festival Primavera Sound, realiza-se em Barcelona desde 2001 e chegou ao Porto em 2012 dando assim mais um passo no seu crescimento e iniciando a sua expansão além-fronteiras. À margem da apresentação do line-up da edição de 2015 do Nos Primavera Sound, Alfonso Lanza, co-director do Primavera Sound, confessou a sua vontade de levar a marca para o mercado da América Latina.

O Primavera Sound vai chegar a novos mercados depois de Barcelona e Porto?

Não temos nada de concreto definido em relação a isso. Mas a avançar provavelmente será na América do centro ou Sul. Creio que na Europa com Barcelona e Porto estamos muito bem. Na América países como México, Argentina ou Colômbia parecem-nos possibilidades. Mas há que reunir uma série de circunstâncias. Não há planos concretos a esse respeito para 2016 para já. Mas cá estaremos para ver e ouvir todas as possibilidades.

Têm estado em conversações com entidades desses países?

Tem havido algumas abordagens sobretudo do México e da Colômbia, mas propostas em concreto ainda não. Mas estamos sempre disponíveis para escutar essas propostas.

Que país vos agradaria mais por acharem que mais se encaixa no conceito do Primavera Sound?

Creio que o México é um país pujante e de onde temos estado a receber muito feedback. Temos muitos fãs que se dirigem a nós a partir do México e que o pedem. Quando o público o pede é o melhor indicador. Acreditamos que pode funcionar onde o público o pede. Poderia ser um bom destino para o Primavera Sound.

Mas, à semelhança do que acontece em Portugal e Espanha, não seria na capital, a cidade do México?

Poderia ser a cidade do México ou poderia ser Guadalajara. Guadalajara é uma cidade culturalmente inquieta e onde se estão a passar muitas coisas interessantes nos últimos anos. Eu gostaria muito.

Vai então depender de aparecer uma marca?

Antes de mais e o principal é que haja interesse do público. Esse existe e nós sabemo-lo. Depois tem de se encontrar um promotor que saiba cuidar muito bem da imagem e filosofia do Primavera Sound, como acontece no Porto. E depois há que ter um patrocinador forte.

Texto de Maria João Lima

Artigos relacionados