Em ano sem Campeonato Mundial de Futebol, o marketing surge como o verdadeiro pilar financeiro da FIFA. De acordo com o portal Merca 2.0, com base em dados da Statista, a federação internacional de futebol arrecadou 303 milhões de dólares em 2024 apenas com receitas de marketing, um valor que corresponde a mais de 60% do total de seus rendimentos nesse ano (482 milhões de dólares).
O número contrasta fortemente com os 5,77 mil milhões de dólares gerados em 2022, ano do Mundial do Qatar, quando os direitos de transmissão por si só renderam quase 3 mil milhões. Já em 2024, sem o principal evento da entidade, esses direitos despencaram para apenas 39 milhões.
A força do marketing da FIFA reside na sua estrutura diversificada e global, que vai muito além da venda de bilhetes ou dos direitos televisivos. A entidade mantém acordos com patrocinadores globais como Adidas, Coca-Cola, Visa, Hyundai, Aramco e Lenovo, além de parcerias regionais e direitos de uso de imagem. As marcas associam-se não apenas ao Campeonato Mundial de Futebol masculino, mas também a torneios femininos, juvenis e até a competições de eSports como a eFIFA.
Esses contratos abrangem múltiplos ciclos e garantem presença em vários eventos oficiais, tornando o marketing numa fonte estratégica de receitas recorrentes. Em 2024, por exemplo, enquanto os custos da FIFA chegaram aos 1,3 mil milhões de dólares — levando a um prejuízo de 611 milhões — o marketing foi a principal engrenagem que sustentou operações, programas e preparativos para o Mundial 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, México e Canadá.
Para este próximo ciclo, a FIFA projeta receitas recorde de 11 mil milhões de dólares, impulsionadas por uma presença comercial ainda mais forte nos três mercados-chave da América do Norte. Marcas como McDonald’s, Lays, Dove Men+Care e Verizon já estão confirmadas como patrocinadores oficiais, ao lado de novos parceiros regionais como Valvoline, Diageo e The Home Depot.
