Após o sucesso que está a ser o lançamento do seu primeiro vinho certifi cado da região de Lisboa, o Vinho Regional Pata Choca de 2016, a Adega Mor fecha o ano de 2018 com um balanço muito positivo da sua nova estratégia de posicionamento no mercado vitivinícola. A estratégia passa por criar um portefólio diferenciador e comunicar com autenticidade a origem de cada uma das marcas, entrar em novos canais de distribuição, comunicar de forma selectiva apostando nos media especializados e no ponto de venda, refere Marta Ramalho, responsável de Marketing e Comunicação.
Inaugurada a 23 de Novembro de 2014 em Sobral de Monte Agraço, comemora os seus quatro anos com o branding Adega Mor. Foi numa antiga fábrica de ferro desocupada que o actual proprietário, Diogo Zuzarte Martins, instalou a sua sede, encontrando aí todas as condições para implementar a sua nova estratégia de alargamento do negócio. Um total de 14 mil metros quadrados, dos quais mais de metade de área coberta. Um aniversário que ficará marcado pelo lançamento de mais três novas marcas para o mercado: Mata Saudade, Cabrafiga e Calçada Velha, a acrescentar ao portefólio de vinhos de Lisboa, o que lhe permite abrir novas portas e conquistar novos consumidores.
Mata Saudade é a nova aposta num vinho para celebrar e para recordar as origens portuguesas. Com o seu lançamento no mês de Agosto, mês de partilha, de reencontros, de felicidade e de festa. Esta nova marca procura chegar mais perto dos mercados lusófonos, do mercado de emigrantes e conquistar o coração das suas famílias. Hoje existem mais emigrantes de segunda geração do que de primeira. Uma primeira geração de lutadores à procura de melhores condições, com a esperança de um dia regressar a Portugal, hoje uma segunda geração com mão-de-obra qualificada, que deixa para trás um País à beira-mar e que prefere viver o momento e ser feliz. «Um novo conceito de comunicação que visa proporcionar momentos de alegria nos reencontros de gerações que por motivos diversos os levaram a afastar-se», partilha Marta Ramalho. É com o mote “Meu Querido! Mata Saudade!” que esta nova marca desafia os consumidores a brindarem ao presente e ao futuro, não só em Agosto, mas todos os meses do ano. Seja num almoço, numa cerimónia, num convívio, sugere que se aproveitem todos os momentos que a vida proporciona para Matar Saudades. O local, esse não importa, seja em Portugal ou no país que escolheram para viver, que brindem à felicidade e à vida. Também a forma de comunicar as notas de prova do vinho são diferenciadoras: no nariz cai o pingo de tanto chorarmos, na boca fica o macio daquele beijo que aquece o nosso coração e no final fica o tal abraço que nos conforta a alma.
Conquistar mercados menos tradicionais e menos clássicos, novos mercados menos complexos e descontraídos, nomeadamente mercados externos como os EUA, Brasil ou países nórdicos, era o objectivo seguinte. “Lançar um vinho para gente castiça” foi a base para o conceito do novo vinho Cabrafiga, Vinho Regional Lisboa, como conta Marta Ramalho, um conceito descontraído e apelativo. «Bastam dois dedos de conversa e será impossível não se apaixonar por esta Cabra tão castiça, que usa rolha de cortiça. Deixe de ser preguiça e oiça a sua amiga castiça.» Um vinho que pretende fazer parte da carta de vinhos dos recantos de petiscos mais castiços, de norte a sul do País, como refere Diogo Zuzarte Martins, acrescentando, «um vinho para quem gosta de uma boa conversa descontraída acompanhada de sopa de nabiça com linguiça».
Comunicar as origens, a capital, o terroir de cada vinho, comunicar Portugal, é também o conceito de comunicação da última marca lançada: o Vinho Regional Lisboa Calçada Velha. Um tipo de calçada também ela muito utilizada em países lusófonos. Pedras de formatos irregulares de vários padrões que formam lindos passeios e decoram praças. Assim também o seu vinho resulta do lote de castas que decoram a vinha e são cuidadosamente colhidas e vinificadas, dando origem, também elas, a um lote de vinho único. Recentemente colocado à prova numa das mais importantes competições de vinhos do mundo, cujo painel é exclusivamente composto por mulheres compradoras – “e Women’s Wine and Spirits Awards”, trouxe para casa uma medalha de Ouro que orgulha a equipa Adega Mor.
O projecto Adega Mor, hoje com uma facturação a rondar os oito milhões de euros, conta com cerca de 200 hectares de vinha na região de Alenquer e com mais duas propriedades, a Quinta de São José da Lage (onde Diogo Zuzarte Martins cresceu e viveu durante muitos anos) e a Quinta da Boticaria. Recentemente, Diogo Zuzarte Martins investiu na aquisição de uma nova propriedade, em Olhavo, um antigo convento que pertenceu à Ordem dos Carmelitas Descalços de 1648 a 1834, e cuja história remonta ao século XVII.
Foi também este o cenário escolhido pela Adega para dar início às experiências enoturísticas. Cerca de 60 crianças juntaram-se em dois dias de “Vamos à Vinha com Adega Mor”, como conta Patrícia Alves Moleiro, que partilha desde o início o projecto ao lado de Diogo Martins. «Abrir as portas desta magnífica propriedade – que se encontra actualmente em fase de recuperação – faz parte dos planos para os próximos anos.»
É desta nova propriedade que sairá um novo portefólio de vinhos com a assinatura do Convento, cuja enologia está a cargo de José Pedro Figueiredo, enólogo residente. Está aí a criar vinhos únicos com as marcas Esgotado, Encalhado e Menina do Convento, que o proprietário promete desvendar no decorrer do próximo ano.
Continuar a afirmar e a apresentar a Adega Mor como produtor de Vinhos de Lisboa é o grande objectivo, bem como ser também ela uma referência de vinhos na região ao lado de outros produtores.
Lisboa está cada vez mais na moda, os vinhos portugueses têm uma procura cada vez maior, são reconhecidos pela sua qualidade e no mercado nacional o consumo de vinhos de qualidade aumenta.
«Quanto mais produtores de referência existirem na região de Lisboa, melhor para a região, melhor para todos», afirma Diogo Zuzarte Martins.