Marcas e agências apostam em nova função para liderar transformação com inteligência artificial

A inteligência artificial está a ganhar um novo lugar de destaque nos C-Levels das maiores empresas do mundo. A mais recente adição à “classe executiva” do S&P 500 é o Chief AI Officer (CAIO), uma função que não se define pelo controlo de grandes orçamentos ou pelo tamanho da equipa, mas sim pela especialização em inteligência artificial (IA) generativa, agentes autónomos e automação.

De acordo com a Digiday, a nomeação de Yaniv Sarig como global head of AI commerce no grupo IPG, na semana passada, é o mais recente exemplo de uma tendência crescente nas agências. Esta vaga de contratações surge à medida que as empresas tentam ultrapassar a fase de experimentação com IA e alcançar ganhos reais de eficiência: “Tornou-se uma aposta de base”, observa a publicação. Para isso, é necessário alguém com visão e capacidade de implementar estas mudanças: os Chief AI Officer.

Entre os executivos, encontramos perfis que vão desde especialistas em machine learning até fundadores de agências. Daniel Hulme, por exemplo, é Chief AI Officer na WPP e cofundador da Satalia. Sobre o seu papel, afirma: “O meu trabalho é realmente perceber quais são os algoritmos certos para resolver os problemas certos. Apostar corretamente a curto, médio e longo prazo faz parte do meu papel”. Hulme também lidera o grupo de investigação Conscium, que explora temas como a consciência artificial, ética e computação neuromórfica.

Outro exemplo é Wesley ter Haar, cofundador da Media.Monks, que assumiu o cargo de CAIO em fevereiro, acumulando com a função de Chief Revenue Officer. A agência lançou até um chatbot baseado em ter Haar para promover a função e atrair talento na área de IA.

Apesar de outras funções criadas para acompanhar tendências tecnológicas – como o Chief Metaverse Officer – não terem resistido ao tempo, a expansão dos CAIOs parece indicar que a aposta na IA veio para ficar e está mesmo a cimentar-se.

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