Fundada em 1924 por Álvaro Portela, no centro do Porto, a Bial é dirigida pela quarta geração da família Portela e reconhecida como empresa internacional de inovação, com medicamentos próprios que são comercializados à escala global, mais concretamente em 50 países, ou não tivesse evoluído de uma empresa portuguesa com actividade comercial baseada em licenciamentos em Portugal para uma organização farmacêutica internacional. Com presença nos principais mercados farmacêuticos europeus (Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França), tem na internacionalização um dos seus factores críticos para potenciar o investimento em I&D. Em 2024 fechou com 337 milhões de euros de facturação, dos quais 70% chegam dos mercados internacionais – sendo que, conforme partilha o actual CEO António Portela no podcast Marcas com Marca, o desenvolvimento de um medicamento custa, em média, entre 1000 a 1200 milhões de euros.
Desde 2011 à frente da empresa que o bisavô fundou, António Portela sublinha uma e mais vezes que, hoje, a marca que quer ter é uma marca de inovação. «Gostava que fosse vista como uma marca de inovação, disruptiva, capaz de melhorar a vida dos doentes» com os seus medicamentos. E, claro, afirma-se mais ainda como player respeitado na área das neurociências
De resto, destaca, ao longo de uma conversa tranquila, que desde sempre o foco da Bial passou por trazer inovação para o mercado. «Foi a inovação que nos permitiu crescer de sermos uma empresa pequena para facturarmos o que facturamos hoje. Mas, também, que nos permitiu ser uma empresa que saiu de Portugal e foi para a Europa, os EUA, Japão e China.»
O CEO da farmacêutica portuguesa reconhece, no entanto, ter sido difícil a expansão para fora. «Temos investido muito tempo, energia, recursos e milhões de euros na nossa internacionalização. E mesmo nas parcerias é preciso saber escolher o parceiro certo.»
Definido, entretanto, foi um plano estratégico a prazo, depois da actual equipa de gestão ter percebido que a missão e ambição já não estavam ajustadas ao que se pretendia para o futuro. «Respeitando o passado, fomos perceber onde estamos e onde queremos estar no futuro.
Vivemos muito de parcerias, precisamos de manter as actuais e fazer novas para chegar aos doentes com soluções que lhes permitam melhorar qualidade de vida. O nosso maior desafio actual passa por perceber como é que podemos continuar a ser empresa de inovação, continuar a liderar!»
Uma conversa para acompanhar no Podcast Marcas com Marca, em marketeer.sapo.pt, Spotify e Youtube.














