44.200. Esta a média de chopes (cerveja) servida por mês no Jobi. Muitos copos enchidos por 13 mil litros de cerveja Brahma tirada como poucos a sabem tirar e servida “estupidamente gelada” naquele que é botequim mais icónico do Rio de Janeiro, na zona de Leblon, e cuja história remonta a 1960 quando o pai do actual proprietário – português de Penafiel – compra o espaço.
Depois, vai buscar os filhos, com Manuel Rocha, hoje à frente do Jobi, a chegar à cidade em 1962. Seis décadas depois, e numa conversa em jeito de “saída de praia”, Manuel Rocha recorda ao Marcas com Marca que para se manter até hoje teve que se ir «adaptando aos tempos, às mudanças.»
Sempre cheio, todos os dias, ao longo de todo o dia – abre às 11h e fecha às 3h -, Manuel Rocha considera que uma das razões para isso é porque, por ali, «sempre se zelou pela qualidade». Mesmo quem volta, «20 ou 30 anos depois, fica maravilhado por comer aquilo de que se lembrava», conta. Até porque, num espaço que só fecha portas nos dias de Natal e de Ano Novo, Manuel Rocha continua a ser garante de que os clientes são recebidos como ele gosta que o sejam, pelo que não há um dia que não passe por ali.
Ou não fosse também aquele um ponto de encontro de intelectuais e músicas, artistas do teatro e da Tv, num convívio que se faz de portas abertas para a rua. «Sempre me preocupei que tivessem tranquilidade e estivessem à vontade. Foi sempre o meu objectivo», conta.
E depois de si, gostava que o Jobi continuasse em família? «Completamente», diz sem hesitar Manuel Rocha, a alma do Jobi, o botequim mais português do Rio.
O Marcas com Marca é um podcast da Marketeer e pode ser ouvido em marketeer.sapo.pt, no Spotify e Youtube.
*A jornalista escreve segundo o Antigo Acordo Ortográfico