Lucro da Heineken recua 15% no terceiro trimestre

i1vEMvBwFXJg_2A holandesa Heineken, a maior fabricante cervejeira da Europa, reportou um resultado líquido de 483 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, o que representa uma quebra de 15% em relação ao período homólogo do ano passado. Os resultados foram sobretudo afectados pela diminuição das vendas em mercados maduros como a Europa Oriental e em mercados em expansão, como o Brasil e os principais países africanos.

Em comunicado, a companhia (dona da portuguesa Sociedade Central de Cervejas) informa que o volume de vendas na Europa Central e Ocidental caiu 8%, prejudicado pelo mau tempo e pelas restrições à publicidade na Rússia, assim como a frágil situação económica em países como a Roménia e a Grécia. «Não esperávamos um desempenho tão negativo» na região, assume Rene Hooft Graafland, chief financial officer (CFO) da Heineken, citado pela agência Bloomberg.

Entre Julho e Setembro, o volume orgânico consolidado de cerveja da Heineken recuou 3%. Em África e no Médio Oriente, este indicador caiu 2%, enquanto o volume de produtos não-cerveja tombou 10%. De acordo com a companhia, a instabilidade social no Egipto e na República Democrática do Congo afectaram as vendas, bem como a pressão económica na Nigéria, o segundo maior mercado de cerveja do continente africano.

Já na Europa Ocidental, o volume de vendas subiu 2% devido às melhores condições meteorológicas e ao lançamento de novos produtos, que alavancou a procura em mercados como a Holanda e o Reino Unido. No continente americano, o volume de vendas deslizou 2%,sobretudo devido ao fraco desempenho no México, onde a Heineken detém a Fomento Economico Mexicano SAB, ou Femsa.

Os resultados trimestrais levaram a Heineken a rever em baixa as suas estimativas para o final de 2013. A companhia espera agora chegar ao final do ano com uma quebra percentual de um dígito no resultado líquido, quando antes tinha previsto um lucro em linha com o do ano passado.

Além disso, a companhia holandesa vai “intensificar” os cortes na Europa para compensar a previsível quebra do lucro. A Heineken espera poupar um total de 70 milhões de euros nesta segunda metade do ano.

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