Já conhece os Perennials? Têm mais de 55 e não temem a internet

Os consumidores mais velhos não devem ser ignorados quando o tema é digital ou internet. A Ipsos considera que os consumidores com mais de 55 anos estão a gerar cada vez mais interesse, tanto pelo número de pessoas que pertence a esta faixa etária como pela capacidade de adaptação que têm demonstrado às novas tecnologias. Além disso, apresentam uma esperança média de vida cada vez maior.

Perennials é o termo usado pela Ipsos para categorizar esta geração, segundo adianta o site espanhol Marketing News. De acordo com a empresa de estudos de mercado, ao longo dos últimos 10 anos, a utilização de internet por parte dos Perennials, a nível mundial, aumentou significativamente: 89% dos jovens entre os 18 e os 24 anos afirma que a internet faz parte das suas vidas e que sentiria a sua falta se não existisse versus 84% dos internautas mais velhos.

No ano passado, 55% dos Perennials dizia ter acedido à internet no dia anterior. Destes, 65% possui um smartphone pessoal e utiliza-o, em média, duas horas por dia. A Geração Z, por seu turno, passa uma média de 2h15 horas com o telemóvel na mão.

No que às aplicações móveis diz respeito, a mesma análise aponta para uma predilecção dos Perennials em torno de apps de comunicação (91,7%), redes sociais (86,1%), retalho (63,9%) e finanças (61,1%). A Ipsos indica que as restantes gerações contempladas no estudo apresentam dados semelhantes.

No caso das redes sociais, embora as gerações mais adeptas sejam a Z (90,2%) e a Millennial (90,2%), também os internautas com mais de 55 anos mostram ser fãs deste tipo de plataformas: 86,1% está presente nas redes sociais. Ultrapassam, inclusivamente, a Geração X (84,4%).

Com outros sectores, as diferenças são mais óbvias. As aplicações de moda, por exemplo, são usadas por 21,8% dos Millennials inquiridos pela Ipsos e por somente 11,8% dos Perennials. As aplicações de restaurantes e entrega de comida ao domicílio também são mais usados pelos Millennials (32,2%) do que pelos Perennials (18,7%).

Verifica-se ainda diferenças na categoria de viagens: os Perennials não têm problemas em utilizar plataformas de reservas como Booking ou Lastminute mas recusam os modelos colaborativos da Airbnb, por exemplo. O mesmo acontece com a mobilidade: usam apps de carsharing como Blablacar mas preferem não chamar um Uber.

Porquê? A Ipsos justifica este comportamento com a consciência ética dos Perennials, que os faz rejeitar empresas cujo impacto social seja negativo.

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