Influencers preparam-se para rentabilizar o Natal e inteligência artificial ganha espaço

É verdade que o Natal é uma época cheia de camadas – umas boas outras nem tanto -, mas uma coisa é certa: para as marcas e influencers, esta é uma oportunidade de ouro para se aliarem e monetizarem os anseios das pessoas em comprarem o melhor presente.

É por isso que há marcas – nomeadamente do grupo Inditex – a enviarem cartões-presente para um número muito restrito de influencers, para que os possam utilizar e criar conteúdo para os respetivos públicos. Desta forma, promovem os seus produtos e os influencers rentabilizam esta época. A prática é controversa e divide opiniões: há quem critique, há quem perceba que cada fotografia publicada por um criador de conteúdo esconde uma boa edição e um negócio bem oleado entre influenciadores e empresas de publicidade.

A esta dinâmica junta-se agora uma outra ferramenta: a inteligência artificial. A tecnologia promete revolucionar o mercado da influência nas redes sociais como o conhecíamos há uns anos, marcado pelas grandes marcas e celebridades que dominavam o espaço.

Em declarações dadas ao jornal “Cinco Dias”, do El País, Claudia Cucó, uma jovem valenciana com mais de 10 mil seguidores no Instagram, aponta o desafio que é destacar-se para as empresas de forma a conseguir rentabilizar os seus conteúdos. O caso muda de figura com a ajuda da inteligência artificial.

Através de uma loja virtual, que analisa cada nova imagem que Claudia publica, é gerada uma recomendação de peças semelhantes. Por exemplo, numa publicação em que surja com um vestido verde, a inteligência artificial analisa a imagem e gera mais de oito recomendações específicas de roupas semelhantes em lojas como Zara, Uniqlo, Asos e Noon. Desta forma, a influencer é notada pelas marcas.

Nicolás Luca de Tena, CEO do fundo Next Chance Group explicou ao jornal “Cinco Dias” que o algoritmo regista “cada perfil em 20 segundos e cria uma loja baseada no estilo de cada criador de conteúdo”

Luca de Tena é o responsável pela Multimarkts, um marketplace que procura garantir que cada influencer possa ter a sua própria loja virtual, pela qual recebe uma parte da comissão atribuída por cada empresa. O empresário destaca que em apenas 40 dias após o lançamento da solução foram criadas 3.000 lojas virtuais, dando acesso a um catálogo de até 14 milhões de produtos de moda de diferentes marcas e retalhistas. Desta forma, tenta distinguir-se como uma “nova alternativa publicitária” além de gigantes como Google, Meta e Amazon. 

A solução destaca-se, nomeadamente, pelo seu baixo custo e escalabilidade. “Criar uma loja custa-nos entre 30 e 40 euros”, afirma Luca de Tena, que destaca que o processo ajuda automaticamente os criadores de conteúdos a manter uma relação mais simples com as marcas e permite-lhes ganhar visibilidade junto das mesmas, ao mesmo tempo que os ajuda a rentabilizar a sua atividade com comissões . “Isto é pura tecnologia”, sublinha, convencido de que os influenciadores espanhóis serão os primeiros a experimentar uma solução adaptada às tendências cada vez mais globais. O objetivo da Multimarkts é ambicioso: meio milhão de lojas abertas e operacionais até 2025.

A solução destaca-se pelo seu baixo custo e capacidade de crescimento rápido. “Criar uma loja custa-nos entre 30 e 40 euros”, afirma Luca de Tena, que destaca que o processo ajuda automaticamente os criadores de conteúdos a manter uma relação mais simples com as marcas e ganhar visibilidade junto das mesmas, ao mesmo tempo que rentabilizam a sua atividade com comissões.

“Isto é pura tecnologia”, sublinha, convencido de que os influencers espanhóis serão os primeiros a experimentar a solução. O objetivo da Multimarkts é ambicioso: meio milhão de lojas abertas e operacionais até 2025.

 

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