Inflação leva consumidores a “sacrificar” as marcas a que estão habituados

Este Verão, os portugueses puderam descansar da pandemia, o que se revelou particularmente positivo para a economia. Contudo, o mais recente estudo da Boutique Research revela que a pandemia, a guerra na Europa e o consequente aumento da inflação não deixou os consumidores nacionais indiferentes.

A preocupação dos portugueses com o futuro está ainda mais elevada do que no momento do primeiro confinamento, em Abril de 2020, e muitos são os que temem não conseguir manter o seu nível de vida.

Esta preocupação já se traduz numa mudança de comportamentos dos consumidores aos quais as marcas têm de se ajustar rapidamente, satisfazendo as novas necessidades que emergem do actual contexto. Os consumidores já estão na disposição de sacrificar as marcas que usam habitualmente e deixa de haver espaço para os produtos e serviços que são entendidos como supérfluos.

Os dados revelam que 43% dos inquiridos afirma que não vai conseguir manter o nível de vida (em comparação com 31% no início da pandemia), mas ainda não há receio de perder o emprego: 84% afirma que de certeza ou provavelmente não vão perder o emprego.

No que toca à forma de comprar, aumenta a importância do preço acessível e das promoções (duas em cada três pessoas refere que estes dois atributos são mais importantes do que antes). Aumenta também a procura por marcas próprias (37% no segundo confinamento vs 57% em Setembro de 2022) e a utilização de cupões de desconto. Por outro lado, é sacrificada a marca que o consumidor sempre usou, o ser eco e sustentável e a elevada qualidade dos produtos.

Além disso 80% dos portugueses está mais atento às promoções, 62% compra menos roupa e/ou acessórios, 61% deixa de comprar produtos/serviços supérfluos e 57% procura mais marcas próprias.

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