A Lusíadas Saúde juntou-se às seguradoras Allianz, Médis e Multicare para substituir o gás anestésico desflurano por uma outra solução mais sustentável, o sevoflurano, em todos os blocos operatórios do grupo. A iniciativa visa reduzir impacto ambiental da anestesia em Portugal.
De acordo com o Grupo Lusíadas Saúde, o desflurano apresenta um Potencial de Aquecimento Global (GWP) de 2.540, cerca de 20 vezes superior ao do sevoflurano, com uma persistência atmosférica de aproximadamente 14 anos. “Já o sevoflurano, para além do menor impacto ambiental, oferece uma recuperação previsível, estabilidade hemodinâmica e uma eficácia clínica comprovada, conforme reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Anestesiologia”, salienta o grupo.
Com esta medida, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o sevoflurano passa a ser o agente inalatório utilizado em praticamente todos os procedimentos anestésicos com gases realizados nos blocos operatórios da rede Lusíadas. Quanto ao desflurano, será reservado apenas a situações clínicas muito específicas, tais como doentes com mais de 80 anos ou com obesidade grave e comorbilidades associadas, onde o “perfil de recuperação mais rápida pode justificar a sua utilização”.
De acordo com o grupo, a exclusão do desflurano dos seus blocos operatórios reflecte-se numa redução de cerca de 1.446 toneladas de emissões de CO₂.
«Esta mudança representa um passo importante para uma prática clínica mais sustentável, reflectindo o nosso compromisso em cuidar da saúde das pessoas e do planeta. É possível fazer diferente, e melhor, quando trabalhamos em conjunto. A segurança do doente e a excelência clínica continuam a ser a nossa prioridade, e a substituição do desflurano por uma alternativa com menor impacto ambiental é a prova de que é possível evoluir com responsabilidade», afirma Eduarda Reis, Chief Medical Officer do Grupo Lusíadas Saúde.