“Freelancer do Dia CCP by Marketeer”: Eduardo Marques

É difícil sobressair por entre dezenas de curriculos. A partir de certa altura, os nomes confundem-se e aquele que poderia ser o par perfeito para um projecto na calha acaba por fugir. Partindo do directório lançado pelo Clube Criativos Portugal (CCP), a Marketeer propõe conhecer melhor alguns dos talentos freelancers nas áreas da criatividade e comunicação.

Eduardo Marques (copywriter) é o mais recente protagonista da rubrica “Freelancer do Dia CCP by Marketeer”, que apresentará, duas vezes por semana, exemplos de quem decidiu aventurar-se por conta própria.

 

Qual é a melhor coisa que já fizeste?

Ao longo de mais de 20 anos, foram muitos os trabalhos que me realizaram. Não tenho por hábito olhar para os projectos na perspectiva do “melhor”, pois todos eles têm características e critérios incomparáveis, mas posso talvez mencionar alguns que reuniram o que considero serem elementos importantes para o sucesso da comunicação de uma marca: impacto da mensagem, eficácia no resultado e, sempre que possível, geração de média espontânea.

A acção de marketing de guerrilha que desenvolvi para os Transportes Públicos da Grande Lisboa e a acção, também de guerrilha, para o lançamento do programa “À procura da verdade”, do Canal História (uma iniciativa em simultâneo entre três capitais — Lisboa, Madrid e Barcelona) são dois bons exemplos.

Depois há outros trabalhos que me entusiasmaram pelas suas particularidades, como a criação de uma lenda para apoiar o novo posicionamento do Parque de Campismo Costa do Vizir, ou ainda um desafio completamente diferente: o documentário para o 75.º aniversário do Centro Desportivo Nacional do Jamor.

Qual é o projecto que queres fazer a seguir?

Atraem-me os projectos que me permitem trabalhar os valores das marcas com total transparência e sentido de responsabilidade das mesmas, permitindo uma intervenção autêntica e transformadora na sociedade. Infelizmente, ainda são poucas as marcas com essa consciência, mas é uma questão de tempo. Para mim, o grande propósito de trabalhar na área da comunicação de marcas não é vender seja o que for.

Claro que a venda é uma consequência mas uma marca tem sempre de se afirmar pela relevância que traz para a vida das pessoas. É essa perspectiva que lhe dá caminho. O Marketing de Propósito é visto, hoje, como uma tendência, porém acredito que não tardará em ficar integrado nas empresas. Acredito que em poucos anos, quando se falar em Marketing, o propósito será um conceito inquestionável e indissociável.

Porque é que te devem contratar?

Costumo dizer que não sou melhor nem pior que ninguém. Há excelentes redactores em Portugal, mas o que eu tenho para dar é único. É a minha forma de olhar para o Mundo, resultado da minha educação, experiências vividas, competências adquiridas e consciência que faz a diferença.

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