Foreo ganha processo contra empresa chinesa de contrafacção

A Foreo foi a tribunal para tentar parar uma empresa chinesa que fazia produtos contrafeitos com base na sua tecnologia e saiu da sala de audiências vencedora. A empresa sueca conhecida pelas escovas de limpeza facial afirma ter feito parte de um processo jurídico sem precedentes, que marca uma nova fase das relações comerciais entre a China e o Ocidente.

De acordo com a Foreo, a indemnização de três milhões de RMB (cerca de 387 mil euros) que obteve terá sido a maior de sempre em Xangai em processos do género. O montante deverá ser pago pela  Kingdom Zhuhai Company, considerada culpada de violação de patente de design do dispositivo Luna.

“Os tribunais decidiram a favor de Foreo e fizeram história ao definir uma indemnização por perdas económicas e despesas razoáveis no valor de três milhões de RMB”, sublinha a insígnia em comunicado. O juiz determinou que a Kingdom Zhuhai Company poderá ter ganho mais de 35 milhões de RMB (4,5 milhões de euros) em vendas online graças ao produto contrafeito – designado KD308 e à venda em plataformas como Alibaba.

Segundo adianta Kelsay Tang, director Jurídico global da Foreo, a investigação da justiça chinesa permitiu descobrir que foram vendidas mais de 350 mil unidades do KD308. «Considerando o preço de retalho, uma margem razoável e a contribuição da patente do nosso Luna, o tribunal concluiu que o nosso pedido três milhões de RMB era consistente. Sendo a protecção de Propriedade Intelectual (PI) um conceito relativamente novo na China, a não confundir com a lei das patentes criada em 1984, estamos a assistir a um progresso significativo na protecção de PI ao longo dos últimos anos e este caso confirma essa tendência», acrescenta o mesmo responsável.

Em Janeiro deste ano, entrou em vigor na China uma lei sobre comércio electrónico que já dava conta desta vontade do país em combater a contrafacção. O documento impõe pressão adicional sobre os retalhistas online para que não permitam a venda de mercadorias contrafeitas ou imitações nos seus sites.

«Sendo este julgamento uma grande vitória para Foreo, é também importante notar que os tribunais chineses declararam guerra à contrafacção no seu terreno e isso está a dar fruto», vinca Filip Sedic, fundador da insígnia.

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