Flag lança Academia Co-Criação

A Flag tem uma nova proposta de formação: uma academia em que a co-criação é rainha e que promete reduzir o risco para as marcas na altura de avançar com um novo projecto. Fruto de uma colaboração com a TorkeCC e a Beta-i, a academia terá a sua primeira edição entre os dias 27 de Abril e 30 de Novembro, em Lisboa.

Ao todo, serão cerca de 180 horas, distribuídas por três sessões semanais. Durante os sete meses da Academia Co-Criação, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor os fundamentos do Design Thinking, tal como explica André Rabanea à Marketeer. O coordenador da formação – também fundador e chairman da TorkeCC – refere que será privilegiado o desenvolvimento de capacidades co-criativas para a resolução de problemas, estando a iniciativa dividida em quatro fases: Learning, Ideating, Improving e Doing.

O programa prevê a resolução de casos práticos, visitas a agências e departamentos de inovação de clientes e, ainda, grupos de empreendedorismo. No final, os participantes terão de desenvolver um projecto em grupo.

De acordo com André Rabanea, a Academia Co-Criação destina-se a «qualquer pessoa que queira aprender a resolver problemas de uma forma mais colaborativa». É «bom para pessoas que querem imprimir uma cultura de co-criação na sua empresa». Entre os benefícios apontados pelo responsável encontram-se a eliminação do briefing tradicional, que André Rabanea considera ser redutor: ao ser criado apenas por uma pessoa, dificilmente representará a empresa no seu todo, o que poderá gerar problemas. Redução de riscos, aumento do team building e transparência são outras das vantagens da co-criação.

O coordenador refere, ainda, que esta poderá ser apenas a primeira de várias edições, uma vez que acredita que a formação «será altamente relevante e oportunidade perante os vários obstáculos de um mercado cada vez mais exigente e competitivo, ajudando a consolidar relações profissionais e agilizar processos».

Para André Rabanea, a co-criação não é o futuro, é algo intemporal. «As pessoas já se juntam para co-criar, o que fazemos aqui é organizar para que esta conversa dê resultados, que seja mais eficaz, que consiga que todos os envolvidos deem as suas opiniões e acrescentem valor para o desafio a resolver»», conta. Para isso, são utilizados exercícios e jogos com bases em metodologias como a Ideators.

Actualmente, diz o mesmo responsável, a co-criação enquanto conceito já não é algo estranho em Portugal. Contudo, «as agências de publicidade mais tradicionais ainda estão na defensiva». Sabem o valor deste método mas «estão a tentar ‘proteger’ o território da criatividade».

Perante este cenário, André Rabanea vaticina ainda que «cada vez menos as empresas e as consultoras vão depender de agências, o que vão fazer é incorporar os criativos treinados na sua estrutura».

 

Texto de Filipa Almeida

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